Jornal Estado de Minas

Restaurante no Rio não era autorizado a usar botijões

Explosão no centro da capital deixou três pessoas mortas e 13 feridas

- Foto: Vanderlei Almeida/ AFPO Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro informou nesta quinta-feira que o restaurante no centro da cidade, que explodiu pela manhã, não tinha autorização para usar botijões de gás. Segundo a corporação, o edifício não tinha condições de segurança para abrigar esse tipo de material.

Confira imagens do local após o acidente.

Três pessoas morreram e 17 ficaram feridas, três em estado grave, em uma explosão ocorrida em um prédio na Praça Tiradentes, na manhã desta quinta-feira, no centro do Rio de Janeiro, segundo o Corpo de Bombeiros. O edifício, que abriga residências e estabelecimentos comerciais, teve a fachada bastante danificada. Os feridos foram levados para o Hospital Municipal Souza Aguiar.

"A maioria dos feridos são pedestres. Não foi uma tragédia maior porque as lojas estavam começando a abrir no momento da explosão", às 7h30, afirmou o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, no local da tragédia.
Confira imagens do local após o acidente.

A origem do acidente seria na cozinha do restaurante Filé Carioca, localizado no térreo do prédio de número 9, na Rua Carioca, segundo informações preliminares. De acordo com a funcionária Michele Medeiros Santos, de 29 anos, os empregados da cozinha sentiram um forte cheiro de gás por volta das 7 horas e pediram que todos deixassem o local.

No entanto, não houve tempo para que três pessoas que estavam no interior do estabelecimento saíssem. Houve a explosão e os corpos de três vítimas foram arremessados para a Praça Tiradentes. Dois prédios tiveram o andar térreo completamente destruídos e os destroços foram lançados a uma distância de cerca de 100 metros.

"Um acúmulo de gás aconteceu no restaurante na quarta-feira (que foi um feriado) em consequência de um vazamento de gás. Era gás em cilindros. Quando o cozinheiro chegou e acendeu a luz, aconteceu a explosão", afirmou o porta-voz da secretaria de Segurança Pública do estado, coronel Lima Castro.

A explosão foi tão violenta que o corpo do cozinheiro, identificado por outro funcionário do restaurante, foi arremessado a 40 metros de distância, na Praça Tiradentes, em frente ao restaurante. "Os outros dois mortos eram pessoas que caminhavam pelo local", completou o coronel.

José de Castro tomava café em bar do outro lado da rua quando ouviu a explosão. “Foi horrível, vi pessoas sendo arremessadas até a Praça Tiradentes. A sorte é que o sinal estava fechado e não estavam passando ônibus nem carros, senão a destruição seria maior”, disse.

Por volta de 9 horas da manhã, bombeiros ainda procuravam por vítimas nos andares mais altos dos prédios atingidos. Até o nono andar de um dos edifícios, há sinais de destruição, com muitos vidros quebrados, principalmente no Edifício Riqueza, localizado no numero 9 da rua, colado ao hotel Formule 1. No local da explosão, muito entulho e vidros quebrados ocupam a calçada. As ruas do entorno foram interditadas.

A empresa Light, concessionária responsável pelo fornecimento de energia elétrica na capital fluminense, descartou a hipótese de explosão de um bueiro na área do acidente. Técnicos da empresa foram ao local para avaliar a necessidade de interrupção do fornecimento de energia na região.

O prefeito do Rio de Janeiro afirmou que Defesa Civil deve passar "pente fino no edifício", que foi esvaziado, para avaliar os riscos de desabamento. Após a explosão, dezenas de turistas fugiram às pressas do hotel Ibis-Formule 1, que fica ao lado do restaurante e foi temporariamente evacuado.

A explosão aconteceu em um restaurante localizado no térreo de um edifício de 11 andares na Praça Tiradentes, que por muito tempo foi uma área degradada da cidade, mas que começou a passar por um processo de revitalização nos últimos anos.

O prefeito do Rio de Janeiro afirmou que Defesa Civil deve passar "pente fino no edifício", que foi esvaziado, para avaliar os riscos de desabamento.

 

Veja o momento da explosão