Ao lado do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, Dilma anunciará investimentos de R$ 1 bilhão no sistema carcerário brasileiro. A ideia é tentar diminuir o déficit atual de vagas, de 200 mil, ao mesmo tempo em que melhora as condições das prisões no país. Várias unidades já foram repreendidas pela Organização Interamericana de Direitos Humanos — como a Urso Branco, em Rondônia, e presídios no Espírito Santo.
Cardozo destacou, durante uma audiência no Congresso Nacional, que além de investir em novas unidades e reformas antigas, aplicará parte do dinheiro na reinserção dos presos em liberdade e na prestação de atendimento jurídico. O problema é tão sério que um mutirão carcerário realizado pelo Conselho Nacional de Justiça entre 2008 e 2010 culminou na liberação de 20 mil presos em três situações — cumpriam pena ilegalmente, já haviam completado o período de privação de liberdade ou nem haviam sido julgados ainda.
Denúncias
Obras que fazem parte do plano, que ainda nem foi anunciado, já têm irregularidades verificadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Em pelo menos cinco delas há indícios de favorecimento em licitações, pagamento de serviços não previstos e também de itens duplicados. As construções ou reformas auditadas ficam no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Goiás. Os contratos somam R$ 30 milhões.