No concerto, além dos violinos, chamaram a atenção o teórba, uma espécie de alaúde, o cravo, o contrabaixo e o violoncelo. Muito aplaudidos, os músicos tiveram que voltar ao final da apresentação para tocar um pouco mais.
Muitos, entretanto, preferiram apreciar peças em madeira e cobre do período barroco que pertenceram a famílias nobres e estão em exposição permanente no museu. O piso, que vai do cimento queimado a largas tábuas de madeira, e as grandes janelas do prédio também são atrações no edifício.
Segundo o diretor artístico da Orquestra Arte Barroca, Paulo Henes, o trabalho do grupo consiste em pesquisar partituras de determinados períodos da história. Um dos dois CDs gravados pela orquestra inclui canções do povo chiquitano, da Bolívia. “Nossa intenção é difundir a música barroca ainda pouco conhecida do público brasileiro”, disse Henes.
Para ele, o barroco foi um período muito rico, com diversidade de obras e acontecimentos em todo o mundo. “Enquanto ocorria um movimento cultural na Itália, na Alemanha, havia outro, e assim por diante, resultando em belas composições que ora eram apresentadas à corte na Inglaterra, ou para o público francês”, destacou Henes.
A diretora do museu, Miriam Lerner, lembra que, quando surgiu o Projeto Música no Museu, em 1997, o público era bem pequeno, às vezes formado apenas por 10 pessoas. O sucesso não demorou: rapidamente o público gostou do projeto, tornou-se fiel e foi crescendo até chegar, hoje, à média de 400 pessoas, disse ela.
As apresentações são gratuitas e os shows de estilos diversificados. Mais informações podem ser obtidas no endereço eletrônico www.mcb.org.br.