Apesar de envolver dois vereadores, o delegado Emídio Machado Neto, titular da delegacia seccional de Franco da Rocha, para onde o caso foi encaminhado, descartou a hipótese de crime político. Segundo ele, Barros - conhecido como Léo do PT - e França, conhecido como Rodrigo Federzoni, eram amigos, e o crime aconteceu em um arroubo. “Não tem nada a ver com motivação política. Está descartado. Posso garantir que foi uma bobagem”, afirmou. “Coincidiu de ser um vereador com outro vereador. Podia ser jogador de futebol com jogador de futebol.”
O delegado disse trabalhar com a hipótese de motivação passional. "Muito provavelmente foi negócio de mulher, mas isso aí nós vamos apurar.” De acordo com Machado Neto, para a polícia Barros não é apenas suspeito, mas o autor do crime, porque assim foi identificado por todas as testemunhas que haviam sido ouvidas até o fim da tarde de ontem. Segundo os relatos, ambos eram amigos.
"Todos estão perplexos porque eles eram amigos e andavam juntos" disse Machado Neto, que contou que França levava uma mula na romaria, e Barros, um cavalo. A romaria existe há 68 anos e faz parte do calendário oficial da cidade.
Caso a responsabilidade de Barros pelo crime seja confirmada na investigação policial, ele poderá perder seu mandato. A polícia ainda tem 30 dias para concluir a investigação.
Rodrigo da Cruz França estava em seu terceiro mandato na Câmara Municipal, da qual chegou a ser presidente. O velório estava programado para hoje, na Câmara de Franco da Rocha.