Cada máquina custa, a preço de mercado, US$ 145 mil. As primeiras quatro recebidas pela PF estão em operação no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, no Aeroporto do Galeão, na zona norte do Rio de Janeiro, no Aeroporto de Guararapes, no Recife, e no Aeroporto Eduardo Campos, em Manaus. De acordo com informações da embaixada americana, outras seis chegarão ainda este ano.
As doações fazem parte de um acordo com o governo brasileiro para repressão ao tráfico de drogas. A localização e o uso das máquinas são decididos pela PF e levam em conta volume de passageiros e número de apreensões de drogas. Os scanners estão sendo amplamente em aeroportos dos Estados Unidos, Grã-Bretanha e outros países para tentar conter a ameaça de ataques terroristas. Nos aeroportos americanos, o uso aumentou depois que um nigeriano tentou explodir uma bomba escondida na cueca dentro de um voo, em dezembro de 2009.
O uso das máquinas criou todo tipo de protestos, já que mostra os passageiros completamente nus. Recentemente, a empresa responsável anunciou o desenvolvimento de uma programação que permite ver o contorno do corpo e detecta anomalias. No Brasil, no entanto, só passam por scanners pessoas que a PF identifica como suspeitos por alguma razão. Em vez de passar por uma revista corporal - que, na maior parte dos casos, não vai pegar casos como dos africanos, que engoliram as drogas -, o suspeito é levado para a máquina.