A pesquisa mostra que depender dos alertas atuais, como os da Defesa Civil para o frio e a umidade, é arriscado. Segundo o estudo, quando há aumento de internações por problemas respiratórios, os índices de poluição estão bem abaixo de níveis considerados preocupantes. A temperatura e a umidade, em combinação com os gases poluidores, são os fatores preponderantes para problemas de saúde.
“Conseguimos ponderar a influência de cada variável climática ou de poluente para saber o que está atuando com mais força em determinado momento”, explica a meteorologista e autora da pesquisa, Micheline Coelho, pós-doutoranda da Faculdade de Medicina da USP.
A pesquisadora já identificou que, a partir dos 17°C, a combinação com a presença dos poluentes no ar torna-se mais perigosa e faz os atendimentos dispararem. As internações por asma, por exemplo, saltam 33% quando a baixa temperatura combina-se com níveis acima de 56 microgramas por metro cúbico de Material Particulado (MP), as partículas inaláveis, como poeira.