Um transtorno mental levado ao extremo, para especialistas ouvidos pelo Estado de Minas, foi o que levou o jovem de 24 anos Wellington Menezes de Oliveira a cometer o massacre quinta-feira em uma escola da Zona Oeste do Rio de Janeiro. Pelos relatos e até uma carta deixada por ele antes de atirar em várias crianças e suicidar-se, ele apresentava um quadro de sofrimento mental, que o levou à psicopatia.
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A psicanalista afirma que o comportamento solitário e sem muito contato social de Wellington pode ter levado a uma postura delirante. “Parece que ele encontrou nesse ato o que a gente chama de triunfo da pulsão de morte. Resolveu com sua própria morte e esse ato sem sentido para todos que receberam o efeito”, disse. Pelos conceitos psicológicos, segundo Fernanda Otoni, o atirador seria portador de um sofrimento mental intenso.