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Estado de Minas

Jovens com síndrome de down superam limites

Em Santos, dois portadores foram aprovados no vestibular. Em Belo Horizonte, meninas dançam para combater o preconceito


postado em 21/12/2008 09:50 / atualizado em 08/01/2010 03:54

Arquivo pessoal
Samuel Sestaro, de 18 anos, adora tocar guitarra e agora se prepara para ingressar no curso de design de moda
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“Chega! Basta! A síndrome de Down não é uma doença. Somos pessoas normais, com capacidade para conviver. Chega de preconceito.” O desabafo é de Carolina Augusta, de 27 anos, portadora da síndrome, que, como outras jovens de sua idade, sonha em ser modelo e manequim. Para mostrar que é normal ser diferente, a jovem integra um grupo de dança do ventre juntamente com outras seis meninas – Bruna de Paula, de 21, Isabela Pedrosa Tomaz, de 23, Vânia Jhulianne Carneiro Silva, de 18, Luana de Paula, de 21, Isabela Silva Zolini, de 22, e Lorena Durval Moreira, de 26.

Na semana passada, elas se apresentaram durante o seminário Saúde do trabalhador: conhecer e planejar para atuar, promovido pelo Ministério da Saúde, na Faculdade Pitágoras, no Bairro Cidade Jardim, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Na mesmas semana, em Santos, os jovens Priscila e Samuel de Carvalho Sestaro, de 18, ambos com a síndrome, foram aprovados no vestibular com idades regulares. Pricila Silveira Ghiuro, de 17 anos, foi aprovada no curso de gastronomia da Unisantos; Samuel de Carvalho Sestaro conseguiu uma vaga no curso de design de moda da Universidade Monte Serrat (Unimonte). O desempenho deles mostra que é possível superar as barreiras impostas pela doença.

Assista à reportagem da TV Alterosa com as meninas da dança do ventre

A síndrome de Down é caracterizada por um problema cromossômico: a ocorrência de três (trissomia) cromossomos 21 na sua totalidade ou de uma porção fundamental dele. Devido à alteração, os portadores têm um nível de retardo mental, mas, com estimulações cognitivas, conseguem ter uma vida normal. A luta dos portadores e de seus familiares é para que, apesar das diferenças, sejam tratados como pessoas normais, com perspectivas educacionais como qualquer outro.

Ao longo dos anos, as famílias empreenderam uma luta para o direito à inclusão desses jovens em escolas regulares, já que essa era opção de muitos pais que consideram a convivência com outras crianças essencial, o que não é possível em uma escola especial.

Com amor e estímulo, os portadores da síndrome de Down podem ter uma vida normal, como demonstra Carolina. Outros exemplos de superação vieram de dois jovens santistas. “No vestibular, foram 58 candidatos para 30 vagas e lá estava o nome do Samuel na lista de aprovados”, conta o pai do jovem, Antônio Carlos Sestaro, que também é presidente da Associação de Pais de Filhos com Síndrome de Down (Up Down). “A aprovação de Samuel representa simplesmente fazer valer os direitos das pessoas com deficiência.”
As pessoas com síndrome de Down são cidadãos que têm direitos como qualquer outro”, afirma Antônio. Ele integra o Comitê Jurídico da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down e o Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência (Conade). A Convenção Internacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Organização das Nações Unidas (ONU), recentemente ratificada e votada no Congresso Nacional com status de norma constitucional, é mais um instrumento legal que garante a todos esses direitos.


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