Pedro Jacobi, professor da Pós-Graduação em Ciência Ambiental da USP, vê nas grandes cidades do centro-sul a tendência de tratar problemas ambientais como parte da normalidade. “A palavra impacto talvez não seja adequada para problemas que atingem as cidades há muito tempo. É preocupante quando lixões, parques e áreas verdes sem conservação, falta de esgoto e poluição de rios não são vistos como problemas. São Paulo, por exemplo, é insustentável. Catalisadores podem reduzir emissões industriais, mas ninguém argumenta claramente sobre o ar ao planejar o transporte. Só se fala de congestionamento, como se a poluição fosse normal”, disse.
A Secretaria de Meio Ambiente de Marabá (Semma), no sudeste do Pará, reforçou com 30 agentes e pilotos de embarcações o combate à pesca ilegal, feita principalmente no período de reprodução dos peixes, a piracema.
O resultado começa a surgir: houve queda de 40% na atividade ilegal e apreensão de 15 toneladas de peixes a maioria filhotes, que seriam vendidos em comunidades pobres da região. Outros 10 mil metros de redes de pesca foram apreendidos. Segundo a pesquisa de informações básicas municipais do IBGE, a Semma tem recursos, pessoal e disposição para combater problemas ambientais, mas esbarra na falta de estrutura dos 38 municípios da região.