A solidariedade chega de todos os lados e maneiras. Os esforços são para resgatar quem ainda está ilhado, sem comunicação, levar alimentos, remédios e um mínimo de esperança e de calor humano para aqueles que tiveram suas vidas arrasadas pelas águas, segundo relato da equipe de resgate de Minas Gerais que está em Santa Catarina. Além do envio de 245 mil copos de água potável pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), dois helicópteros seguiram para o Sul para ajudar. É a primeira vez que o estado atua dessa forma num momento de calamidade. As aeronaves – uma da Polícia Militar e outra do Corpo de Bombeiros, cada uma com cinco tripulantes – não têm data para retornar.
Segundo o tenente-coronel da PM Laércio dos Reis Gomes, comandante do Batalhão Aéreo, a decolagem foi na terça-feira às 7h, e às 14h os helicópteros já estavam em Itajaí, uma das regiões mais afetadas pelos temporais que devastaram o estado catarinense. “A decisão do envio das equipes foi do governo do estado, que entendeu que a calamidade exigia um apoio maior, já que a capacidade de resposta da PM em Santa Catarina chegou ao seu limite”, explica. “Eles estão ajudando a levar medicamentos, alimentos e também a resgatar corpos de vítimas fatais, em locais de difícil acesso, onde não há como chegar”, acrescenta. Com os militares, seguiram equipamentos especiais para salvamento e transporte de feridos.
O grupo está baseado em Itajaí e conta com o apoio terrestre da Polícia Militar de Santa Catarina, para abastecimento dos helicópteros e acomodação das 10 pessoas. Segundo o tenente coronel Laércio, há outras 15 aeronaves prestando ajuda ao governo catarinense: de São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná, além das Forças Armadas. As outras duas ocasiões em que o governo de Minas prestou ajuda com aeronaves foram combates a incêndios na Bahia e em Roraima.