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Estado de Minas

Exército será inspecionado

Sob recomendação da Presidência da República, os métodos de abordagem usados por militares do Rio vão ser averiguados pela Polícia Federal. Medida é motivada por denúncia de adolescente


postado em 23/11/2008 09:44 / atualizado em 08/01/2010 04:00

Severino Silva/Agência O Dia/AE - 21/9/08
Suspeita recai sobre como soldados do Exército do Rio de Janeiro agem ao abordar cidadãos e averiguar suas condutas
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Jovem de 16 anos relatou à Polícia Civil que quando militares o pegaram fumando maconha em terreno do Exército, em Realengo, foi torturado


Brasília – A Presidência da República recomendou à Polícia Federal a realização de uma inspeção no Exército para checar os métodos de abordagem que vêm sendo utilizados pelos militares no Rio. A recomendação faz parte de investigação sobre a denúncia de um adolescente que diz ter sido queimado com ácido e submetido a choques elétricos em um quartel do Exército na Zona Oeste do Rio.

Na sexta-feira, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República enviou ao superintendente da Polícia Federal no Rio, Valdinho Caetano, que investiga o caso, ofício com uma série de recomendações. Entre elas, a que pede que os agentes federais investiguem “as diretrizes, instruções, normas ou manuais de procedimento do Exército Brasileiro sobre o uso do spray de pimenta e do cassetete elétrico, bem como de abordagem de cidadãos”.

Os representantes do governo federal também recomendaram à PF o levantamento de prontuários médicos dos hospitais nos quais o jovem esteve internado – Hospital Estadual Albert Schwaitzer, na Zona Oeste, e Hospital da Força Área Brasileira do Galeão, na Zona Norte. Na quinta-feira, o jovem foi transferido para o Hospital do Exército. O ofício recomenda ainda perícia nos sprays de pimenta e cassetete elétrico usados pelo Exército. Uma das suspeitas da Secretaria de Direitos Humanos é que militares aplicaram choques no adolescente com o cassetete, combinados com queimaduras feitas por palitos de fósforo, além do uso de ácido.

CASO O adolescente, de 16 anos, relatou à Polícia Civil que a tortura aconteceu quando ele foi pego por militares fumando maconha dentro do terreno da 9ª Brigada de Infantaria Motorizada do Exército, em Realengo (Zona Oeste). O Exército nega e afirma que foi apenas aplicado spray de pimenta no menino.

Na semana passada, a Presidência da República entrou nas investigações. Após um dia no Rio, representantes da Secretaria de Direitos Humanos afirmaram ver fortes indícios de que a denúncia é verdadeira.-->


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