A primeira Lista de Espécies da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção é de 1968 e reúne 44 espécies. O primeiro documento com essas informações publicado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) data de 1989, com 206 espécies animais sob ameaça de desaparecimento – sete delas consideradas como provavelmente extintas. A lista atual tem 627 espécies ameaçadas de extinção, das quais 130 de invertebrados terrestres, 16 de anfíbios, 20 de répteis, 160 de aves, 69 de mamíferos, 78 de invertebrados aquáticos e 154 de peixes.
Minas aparece nesse cenário como o terceiro estado no ranking da destruição dos animais, com 109 espécies ameaçadas – ao lado do Rio de Janeiro e atrás de São Paulo (124) e da Bahia (113). Mas os dados atualizados mostram uma perspectiva bem pior: a lista que deverá ser homologada pelo Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) mostra 273 grupos em risco de extinção. Os peixes saltaram de três espécies, em 1995, para 49, em 2006. Os invertebrados em estágio de vulnerabilidade também cresceram significativamente nesses 11 anos e saíram de 31 para 51. As aves aumentaram de 83 para 113. Entre os animais em situação crítica estão jacutinga (Aburria jacutinga), gavião-pintado (Accipiter poliogaster), andorinha-de-coleira (Atticora melanoleuca) e pica-pau-amarelo (Celeus flavus).
Mamíferos e répteis
Já os mamíferos saíram de 40 grupos em perigo para 45 no período avaliado. Tatu-canastra (Priodontes maximus), anta (Tapirus terrestris), lobo-guará (Chrysocyon brachyurus), onça-pintada (Panthera onca), cachorro-do-mato-vinagre (Speothos venaticus) e queixada (Tayassu pecari) engrossam a lista vermelha. Dois grupos tiveram redução dos índices. Os répteis tinham 10 espécies incluídas na primeira publicação e agora têm seis (40% menos) e os anfíbios, antes com 11, têm atualmente 10 representantes (9,09% a menos).