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Estado de Minas

Confusão e troca de provocações marcam início de depoimento de Luciano Hang à CPI da Covid

Empresário bolsonarista é investigado por supostamente ter financiado a disseminação de notícias falsas sobre a covid-19 e incentivado uso de medicamentos sem comprovação, como cloroquina e hidroxicloroquina.


29/09/2021 12:59

Luciano Hang é investigado por supostamente ter financiado disseminação de notícias falsas sobre covid-19
Luciano Hang é investigado por supostamente ter financiado disseminação de notícias falsas sobre covid-19 (foto: Agência Senado)

O início do depoimento do empresário Luciano Hang à CPI da Covid na quarta-feira (29/9) está sendo marcado por provocações entre parlamentares de oposição e governistas e uma confusão que fez com o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), interrompesse a sessão.

Hang foi convocado à CPI na condição de investigado. O empresário bolsonarista é suspeito de ter financiado a disseminação de notícias falsas sobre a covid-19 e de ter incentivado o uso de medicamentos sem comprovação contra a doença como a cloroquina e hidroxicloroquina.

Ele também viu seu nome relacionado ao escândalo ligado à operadora de saúde Prevent Senior. Documentos encaminhados à CPI mostram que sua mãe, Regina Hang, teve covid-19, mas a informação foi omitida do seu atestado de óbito.

As trocas de provocações durante o depoimento de Hang começaram desde o início da sessão. Ao iniciar sua fala e se dirigir a Hang, o relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), usou o termo "bobo da corte".

"Em todas eras do nosso país houve a figura do bobo da corte, independentemente de trajes usados ao longo dos tempos. São úteis para bajular o rei, os poderosos do camarim e criar cortinas de fumaça para desviar a atenção dos dramáticos e reais problemas da nação", disse Renan.

A declaração irritou o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), que acompanhou Hang na chegada ao Senado e que saiu em sua defesa.

"Que cinismo, relator", rebateu Flávio Bolsonaro.

Flávio Bolsonaro acompanhou Hang na chegada à CPI e saiu em sua defesa
Flávio Bolsonaro acompanhou Hang na chegada à CPI e saiu em sua defesa (foto: Agência Senado)

Quando passou a ser questionado, Hang disse que estava disposto a responder tudo o que lhe fosse perguntado, mas sua defesa afirmou que ele poderia se comprometer a dizer apenas a verdade por estar na condição de investigado e não na de testemunha. Dessa forma, ele não poderia se comprometer a produzir provas contra si mesmo.

Aos senadores, Hang disse não ser parte do chamado "gabinete paralelo" que assessoraria o governo federal na definição das políticas sobre o combate à covid-19. Ele afirmou também que não é "negacionista".

"Quero afirmar aqui nessa casa do povo, com a consciência tranquila e serenidade de quem tem a verdade ao seu lado que não conheço, não faço e nunca fiz parte de nenhum gabinete paralelo. Nunca financiei nenhum esquema de fake news e não sou negacionista", afirmou.

Hang disse ainda se sentir perseguido por expressar suas opiniões.

"Sou acusado sem provas e perseguido apenas por dar a minha opinião. Aliás, no Brasil, este crime de opinião não existe", afirmou.

O depoimento de Hang foi paralisado após um desentendimento entre o advogado de Hang e o senador Rogério Carvalho (PT-SE). O parlamentar foi interrompido pelo defensor de Hang durante uma discussão e passou a pedir que o advogado fosse substituído.

A confusão em torno da substituição da substituição do advogado fez com que Omar Aziz suspendesse a sessão temporariamente.


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