A medida visa, em uma primeira fase, a "restauração dos ecossistemas terrestres", no âmbito de um projeto financiado "através de fundos públicos e doações de cooperação internacional", informou em boletim o Ministério do Ambiente.
As Ilhas Galápagos, que teriam inspirado o naturalista britânico Charles Darwin com a sua teoria da evolução das espécies no século XIX, são classificadas pela Unesco como Patrimônio da Humanidade devido à sua fauna e flora únicas no mundo.
Com área de 173 quilômetros quadrados, Floreana foi uma das primeiras ilhas habitadas do arquipélago e recebeu o nome do primeiro presidente do Equador, Juan José Flores (1830-1845). Durante seu governo, o país tomou posse de Galápagos.
A reincorporação das espécies desaparecidas na ilha terá início em janeiro de 2024, segundo o boletim, quando terminar a fase de erradicação dos roedores e gatos selvagens que ameaçam o seu ecossistema.
O governo pretende recuperar a presença de tentilhões vegetarianos, aves bruxas, gaivotas de lava, corujas, gaviões de Galápagos, tartarugas gigantes, entre outras espécies que desapareceram da ilha.
Anunciou também a inauguração do Laboratório de Diagnóstico de Floreana, espaço para realizar "análises de coagulação, controle de espécies invasoras, monitoramento da saúde das aves, esterilizações e vacinação de caninos, além de pesquisas voltadas à preservação da biodiversidade", segundo o boletim.
Em Floreana há flamingos rosados, ninhos de tartarugas marinhas verdes, aves noturnas, entre outras espécies.
Em maio, o Equador obteve a redução de aproximadamente 1 bilhão de dólares (5 bilhões de reais na cotação da época) da dívida externa, ao se comprometer a destinar 450 milhões de dólares (2,2 bilhões de reais na cotação atual) à proteção das Galápagos.