Ángeles Béjar começou seu protesto dentro da igreja da Divina Pastora na cidade de Motril, Andaluzia (sul), até Hermoso "dizer a verdade", afirmou a prima de Rubiales, Vanessa Ruiz Béjar, em frente à igreja.
"Sua mãe, que é uma pessoa muito religiosa, se refugiou em Deus, começou uma greve de fome e não quer sair da igreja", disse Ruiz Béjar, que denunciou uma campanha de "assédio" e tentativa de derrubar Rubiales.
"Queremos que Jenni diga a verdade, porque ela mudou sua declaração três vezes. Tivemos que sair de casa, não param de nos assediar, isso não é justo, queremos que nos deixem em paz e que a justiça seja feita", acrescentou a prima de Rubiales.
Rubiales, que cresceu em Motril, foi suspenso no sábado pela Fifa "de todas as atividades relacionadas ao futebol em nível nacional e internacional" por 90 dias "enquanto tramita o processo disciplinar" aberto contra ele pelo beijo em Hermoso.
O beijo de Rubiales na boca da jogadora da seleção feminina espanhola, na cerimônia de entrega das medalhas da Copa do Mundo feminina, vencida pela Espanha, suscitou inúmeras críticas e reações de condenação nacional e internacional.
Logo após o beijo, Hermoso afirmou, referindo-se ao ocorrido, por meio de uma mensagem do Instagram: "Não gostei, hein!".
Pouco depois, um comunicado da RFEF citou a jogadora que, segundo o texto, disse ter sido um "gesto mútuo totalmente espontâneo pela imensa alegria que a conquista de uma Copa do Mundo proporciona".
Mas na sexta-feira, a jogadora de 33 anos afirmou que se sentiu "vulnerável e vítima de agressão" quando recebeu o beijo de Rubiales e que, na sua opinião, foi "um ato impulsivo, machista, inadequado e sem qualquer tipo consentimento da minha parte".
Na mesma sexta-feira, Rubiales recusou-se a renunciar durante uma assembleia geral extraordinária da RFEF, onde alegou que o beijo foi "consentido".