Jornal Estado de Minas

WASHINGTON

EUA condiciona melhora de relações com talibãs a direitos das mulheres afegãs

Os Estados Unidos condicionam qualquer melhora nas relações com os dirigentes talibãs ao tratamento dados às mulheres no Afeganistão, afirmou, nesta terça-feira (15), o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, dois anos depois de o grupo retomar o poder neste país da Ásia Central.



Nenhum país reconheceu as autoridades talibãs, e os Estados Unidos têm evitado dar-lhes ajuda econômica direta, em parte devido à expulsão de mulheres das instituições de ensino médio, das universidades e dos espaços públicos.

"Continuamos trabalhando para que os talibãs prestem contas pelos muitos compromissos que assumiram e não cumpriram, sobretudo no referente aos direitos das mulheres e das meninas", disse Blinken a jornalistas.

"Fomos muito claros com os talibãs e dezenas de países em todo o mundo têm sido muito claros sobre o fato de que o caminho para uma relação mais normal será bloqueado (...) até que respeitem os direitos das mulheres e das meninas", disse.

Os talibãs voltaram ao poder no Afeganistão pouco depois de o presidente americano, Joe Biden, retirar as tropas americanas do país, pondo fim à guerra mais longa dos Estados Unidos.

Em resposta a uma pergunta, Blinken defendeu a retirada.

"A decisão de sair do Afeganistão foi incrivelmente difícil, mas também foi correta", afirmou.

"Terminamos a guerra mais longa dos Estados Unidos. Pela primeira vez em 20 anos, não temos outra geração de jovens americanos que vão lutar e morrer", disse.