Jornal Estado de Minas

LONDRES

Cumprimentar adversário é 'decisão pessoal', segundo organizadores de Wimbledon

Os organizadores do torneio de Wimbledon afirmaram nesta segunda-feira (10) que a decisão de um tenista cumprimentar ou não seu adversário ao final das partidas é "pessoal", após as críticas da bielorrussa Victoria Azarenka, vaiada pelo público depois de sua derrota para a ucraniana Elina Svitolina.



"Historicamente no tênis, a decisão sobre a forma como um jogador reage ao final de um jogo é uma decisão pessoal e nós não queremos começar a instaurar uma obrigatoriedade", explicou a diretora de Wimbledon, Sally Bolton.

Como vem sendo habitual, Svitolina não estendeu a mão a Azarenka depois de sua vitória por 2 sets a 0 nas oitavas de final, como um sinal de protesto contra a invasão da Ucrânia pela Rússia.

A bielorrussa respondeu levantando a mão em direção à ucraniana, em um gesto de respeito, mas saiu da quadra vaiada por uma parte do público.

Azarenka, bicampeã do Aberto da Austrália (2012 e 2013), declarou depois da partida que esse tratamento "não é justo".

"Não fiz nada de mau, mas não posso controlar a multidão. Acho que muita gente não entendeu o que aconteceu", comentou a tenista.

"Se as pessoas só se concentram nos apertos de mão ou nas vaias de um público bastante ébrio ao final, é uma pena", lamentou.

Svitolina e suas compatriotas ucranianas já tinham se negado a cumprimentar suas adversárias russas e bielorrussas em Roland Garros.