Jornal Estado de Minas

TEHERÁN

Quatro agressores e dois policiais morrem em ataque à delegacia no Irã

Dois policiais morreram neste sábado (8) em um ataque a uma delegacia no sudeste do Irã, de acordo com um novo balanço divulgado pela mídia oficial que também relatou a morte de quatro agressores.



"Quatro indivíduos armados não identificados atacaram e entraram na 16ª delegacia da polícia de Zahedan", capital da província de Sistan-Baluquistão, segundo a televisão estatal IRIB, que citou o vice-director de segurança provincial, Alireza Marhamati.

Os agressores usaram granadas para destruir as portas da delegacia e, em seguida, houve um tiroteio no qual um policial morreu, segundo o mesmo responsável.

A agência local Tasnim, que citou o chefe da polícia provincial, Doustali Jalilian, informou um saldo de dois policiais mortos.

Os quatro agressores morreram nos confrontos, segundo um comunicado da Guarda Revolucionária, o exército ideológico da República Islâmica, divulgado pela agência oficial de notícias Irna.

A província de Sistan-Baluquistão é uma das regiões mais pobres do Irã. Lá vive a minoria baloch, que geralmente pratica o islamismo sunita, e não o xiita - majoritário no país.



A delegacia atacada fica perto da mesquita Makki, administrada pelo influente líder religioso da minoria muçulmana sunita da província, Molavi Abdol Hamid.

Em setembro passado, esta área e outras em Zahedan foram palco de vários dias de tumultos mortais provocados pelo suposto estupro de uma adolescente por um policial.

Vários membros das forças de segurança, incluindo o chefe da inteligência provincial da Guarda Revolucionária, estavam entre os mortos nos distúrbios.

Em um comunicado publicado em seu site neste sábado, Molavi Abdol Hamid condenou "qualquer manifestação de violência", enfatizando que não sabia quais grupo ou indivíduos estavam por trás do ataque à delegacia.

"Abordamos os problemas da sociedade por meio de negociação e crítica construtiva, e insistimos em manter a integridade territorial e a segurança do país", afirmou.