Jornal Estado de Minas

MÊS DO ORGULHO

Greve Starbucks: protesto por restrições às decorações de Orgulho LGBTQ+

Um total de 150 lojas Starbucks e cerca de 3.500 membros da equipe nos Estados Unidos planejam paralisar suas atividades na semana que vem, de acordo com o sindicato que representa os funcionários da popular cadeia de cafeterias. Nesta sexta-feira (23/6), o sindicato afirmou que a Starbucks proibiu as decorações do Mês do Orgulho LGBTQ+ em suas lojas.




 
A acusação surgiu após o sindicato observar a remoção de decorações e bandeiras do Mês do Orgulho em diversas lojas. A ação gerou indignação entre os funcionários, que expressaram seu descontentamento nas redes sociais.
 
Em resposta, a Starbucks negou as alegações na sexta-feira, descrevendo-as como 'informações falsas'. A companhia reiterou que 'não houve modificação em nenhuma política em relação a este tópico', e que continua a incentivar os gerentes a comemorar o Mês do Orgulho, desde que as normas de segurança da loja sejam mantidas.
 
Outras marcas americanas de grande porte também enfrentaram reações negativas de grupos conservadores por causa das decorações LGBTQ , e posteriormente receberam críticas de grupos de direitos LGBTQ por não apoiarem suficientemente a comunidade após cederem à pressão conservadora.




 
A marca varejista Target alterou suas vitrines e até mesmo retirou alguns produtos das prateleiras, enquanto as vendas da cerveja Bud Light, da Anheuser-Busch InBev's, diminuíram nas últimas semanas devido a campanhas de marketing voltadas para a comunidade transgênero.
 
A Starbucks Workers United anunciou na sexta-feira via Twitter que o Seattle Roastery, localizado a apenas nove quarteirões da primeira loja Starbucks no Pike Place Market, em Seattle, estará à frente da greve nacional. Atualmente, a Starbucks gerencia cerca de 9.000 lojas próprias nos Estados Unidos e, desde o final de 2021, mais de 300 lojas votaram pelo sindicalismo, buscando melhores salários e benefícios.
 
A empresa enfrenta também uma série de queixas que a acusam de práticas trabalhistas ilegais, como demissão de sindicalistas e fechamento de lojas durante campanhas trabalhistas.