"Houve um contato telefônico" com a representante espanhola, María del Mar Fernández-Palacios, "para transmitir o desagrado do governo brasileiro diante os reiterados ataques racistas contra o jogador", disse à AFP uma fonte da chancelaria.
Brasília expressou à diplomata sua "expectativa de que medidas sejam tomadas no caso" pelas autoridades espanholas de governo e do esporte.
No domingo, Vinícius se queixou de ter sido chamado de "macaco" na derrota por 1 a 0 do Real Madrid para o Valencia.
Os fatos, que trazem de volta a sombra do racismo ao futebol espanhol, geraram uma onda de indignação.
Do Japão, onde participou da cúpula do G7, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que "não é possível que, quase no meio do século XXI, a gente tenha o preconceito racial ganhando força em vários estádios de futebol na Europa".
Em nota, o governo do presidente Lula nesta segunda os repetidos ataques racistas contra Vinícius Júnior na Espanha.
"o governo brasileiro lamenta profundamente que, até o momento, não tenham sido tomadas providências efetivas para prevenir e evitar a repetição desses atos de racismo", segundo o texto.
Também instou às autoridades de governo e esportivas na Espanha "a tomarem as providências necessárias, a fim de punir os perpetradores e evitar a recorrência desses atos", e instou a Fifa, a Federação Espanhola de Futebol e a LaLiga a tomarem as medidas cabíveis.
o Ministério Público de Valência (Espanha) iniciou nesta segunda uma investigação por um suposto crime de ódio, um dia depois que o campeonato espanhol anunciou sua própria investigação.