Lamine Kaboré indicou em um comunicado enviado à AFP que foi informado pela gendarmaria da cidade "que no povoado de Karma cerca de 60 pessoas foram assassinadas por pessoas que usavam uniformes de nossas forças armadas nacionais".
"Os feridos foram transportados e estão sendo tratados em nossos centros de saúde", acrescentou. "Os autores desses atos levaram vários bens".
O promotor indicou que havia "dado as instruções necessárias para esclarecer os fatos e prender os envolvidos". Ele pediu a "todos aqueles que tenham informações sobre esses fatos" que "as denunciem".
Moradores consultados pela AFP disseram que, segundo os sobreviventes, "mais de uma centena de pessoas em motos e caminhonetes atacaram Karma na quinta-feira passada".
"Dezenas de homens e jovens foram executados por esses homens com trajes militares", explicaram.
Burkina Faso, especialmente o norte, tem vivido desde 2015 uma espiral de violência atribuída a grupos jihadistas ligados à Al Qaeda e ao Estado Islâmico, causando mais de 10.000 mortes de civis e soldados e cerca de dois milhões de deslocados internos, de acordo com ONGs no país.