"O lado russo (...) não se opõe a uma nova prorrogação da 'Iniciativa do Mar Negro' depois que expirar seu segundo mandato em 18 de março, mas apenas por 60 dias", afirmou o vice-chanceler, em uma declaração por escrito enviada para a imprensa.
"Nossa postura futura dependerá dos progressos tangíveis na normalização das nossas exportações agrícolas, não palavras, mas em ações", diz Vershinin na sede da ONU, em Genebra.
"Inclui pagamentos bancários, logística de transportes, seguros, atividades financeiras 'descongeladas' e fornecimento de amônia através do gasoduto Tolyatti-Odessa", acrescentou.
O acordo sobre as exportações de grãos dos portos ucranianos foi firmado em 22 de julho entre Kiev e Moscou, tendo mediação da Turquia. O pacto contribuiu para aliviar a crise alimentar mundial provocada pela invasão russa na Ucrânia.
O Kremlin criticou, no entanto, que partes do termo que deveriam autorizar a exportação de fertilizantes sem sanções internacionais não foram totalmente respeitadas.
De acordo com a ONU, que também supervisionou o acordo, ele permitiu a exportação de mais de 24 milhões de toneladas de grãos até o momento.
O termo foi renovado por 120 dias em novembro de 2022 e deve expirar no próximo sábado (18).
Na reunião também estiveram presentes Martin Griffiths, responsável pelos Assuntos Humanitários da ONU, e Rebeca Grynspan, secretária-geral da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad).