(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas AMÃ

Reunião entre israelenses e palestinos na Jordânia após semanas de violência


26/02/2023 09:53

Representantes palestinos e israelenses se reuniram neste domingo (26) na cidade de Aqaba, na Jordânia, para tentar restabelecer um cenário de calma nos territórios palestinos após vários dias de violência que terminaram com dezenas de mortos.

"Uma reunião começou neste domingo em Aqaba, a primeira deste tipo em muitos anos, entre palestinos e israelenses com uma participação regional e internacional para falar sobre a situação nos territórios palestinos", anunciou a televisão estatal jordaniana.

A reunião pretende "reforçar a confiança" entre Israel e os palestinos, assim como restabelecer a calma na região, afirmo uma fonte do governo jordaniano à AFP sob a condição de anonimato.

"O encontro é um passo necessário para chegar a um acordo entre Israel e os palestinos e para acabar com a escalada de violência", acrescentou.

De acordo com várias fontes, a reunião tem as presenças do diretor dos serviços de inteligência palestinos, Majed Faraj, do diretor do serviço de inteligência interno israelense (Shin Beth), Ronen Bar, do coordenador do Conselho Nacional de Segurança dos Estados Unidos para o Oriente Médio, Brett McGurk, e de comandantes dos serviços de segurança da Jordânia e do Egito.

"A decisão de participar na reunião de Aqaba, apesar da dor e dos massacres sofridos pelo povo palestino, vem de uma vontade de acabar com o derramamento de sangue", afirmou o partido Fatah, do presidente palestino Mahmud Abbas, no Twitter.

Outras facções palestinas, como o grupo islamita Hamas, criticaram a participação da Autoridade Palestina no encontro.

- "Desprezo" -

O exército de Israel intensificou no último ano as operações no norte da Cisjordânia, um território palestino ocupado por Israel desde 1967 e reduto de grupos armados palestinos.

Na quarta-feira, as forças israelenses mataram 11 palestinos, incluindo um adolescente de 16 anos, segundo o ministério da Saúde palestino, e feriram a tiros mais de 80 pessoas em uma operação em Nablus (norte). Este é o maior balanço de vítimas em uma única operação desde 2005.

A incursão de quarta-feira foi a mais recente de uma série de operações violentas de Israel na Cisjordânia, aconteceu dois meses depois da posse de um novo governo em Israel, considerado o mais à direita da história do país, no qual há ampla participação de defensores da política de linha dura com os palestinos.

Em um comunicado, o grupo islamita Hamas, que governa a Faixa de Gaza, considera "o encontro com os sionistas uma ruptura do consenso nacional palestino, um desprezo pelo sangue dos mártires, uma tentativa aberta de dissimular os crimes da ocupação e uma luz verde para cometer outros atropelos contra nosso povo, nossa terra e nossos locais sagrados".

Desde o início do ano, o conflito já provocou a morte de 61 palestinos (tanto membros de grupos armados como civis, inclusive menores), 10 israelenses (um policial e nove civis, dos quais três eram menores) e uma cidadã ucraniana, segundo um balanço da AFP elaborado com base em fontes oficiais israelenses e palestinas.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, viajou para Amã em janeiro para um encontro raro com o rei Abdullah II, que insistiu na "necessidade de manter a calma e interromper a violência", segundo o palácio real.

Twitter


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)