No outro jogo do Grupo H, os coreanos derrotaram a já classificada seleção de Portugal por 2 a 1, de virada, e ficaram com quatro pontos, assim como a 'Celeste', e com o mesmo saldo de gols (0), mas marcaram quatro gols e os uruguaios só dois.
De Arrascaeta, aos 26 e aos 32 minutos do primeiro tempo, deu a vitória ao Uruguai no estádio Al-Janoub. Gana, que se vencesse estaria nas oitavas de final, terminou como última da chave com 3 pontos.
"Fizemos o trabalho que tínhamos que fazer. Não há nada a reclamar dos jogadores, fizemos um grande jogo", comentou o técnico do Uruguai, Diego Alonso, na televisão oficial do torneio após o final do jogo.
- Os pênaltis contra o Uruguai: um carma para Gana -
Precisando da vitória, o técnico uruguaio Diego Alonso apostou em um 4-4-2 com De Arrascaeta como titular pela primeira vez no Mundial e a dupla Suárez de Darwin Núñez no ataque.
Suárez era vaiado pelos centenas de ganeses presentes no estádio toda vez que tocava na bola.
O jogo era equilibrado, sem perigo para os goleiros. Até que veio um momento chave aos 17 minutos: Jordan Ayew chutou rasteiro, o goleiro uruguaio Sergio Rochet deu rebote e quando foi segurar a bola chegou atrasado e cometeu pênalti sobre Kudus, que o árbitro alemão Daniel Siebert marcou após consultar o VAR.
André Ayew, o único remanescente da seleção ganesa do jogo de quartas de final do Mundial da África do Sul, bateu no canto esquerdo e Rochet defendeu.
Em 2 de julho de 2010, no estádio Soccer City, em um jogo dramático e emocionante, o Uruguai venceu Gana nos pênaltis por 4-1, após empate em 1 a 1 nos 120 minutos de tempo normal e prorrogação.
A seleção ganesa a chance de vencer a partida no último minuto para se tornar a primeira representante africana a chegar a uma semifinal de Mundial, em uma cabeçada na direção do gol que Suárez desviou com as mãos em cima da linha.
O 'Pistolero' foi expulso e Gana teve a vitória nos pés de Asamoah Gyan, que acabou cobrando o pênalti no travessão.
Nesta sexta-feira, Gana voltou a perder uma penalidade máxima. E o Uruguai acordou.
"É futebol, isso acontece. Se marcarmos aquele pênalti, acho que os matamos, mas perdemos o pênalti e você vê como o jogo mudou", disse o zagueiro ganês Daniel Amartey, que acrescentando que para ele era importante eliminar o Uruguai.
"Foi difícil porque você vê os zagueiros deles, todo mundo vindo" (para o ataque), explicou o jogador, garantindo, por sua vez, que o time decidiu que, se não conseguisse se classificar, tentaria impedir que os uruguaios avançassem.
- De Arrascaeta faz dois -
Darwin Núñez esteve perto de abrir o placar aos 23 minutos quando tocou na saída do goleiro ganês após receber grande passe de De Arrascaeta, mas Salisu tirou em cima da linha.
Três minutos depois, Suárez apareceu na área ganesa e chutou cruzado depois de se livrar de um marcador, o goleiro espalmou e o camisa 10 uruguaio mandou para as redes de cabeça no rebote.
Era a noite do meia do Flamengo, que incrivelmente ficou no banco nos dois primeiros jogos da 'Celeste' no Catar (contra Portugal entrou no segundo tempo).
E De Arrascaeta voltou a mostrar toda sua categoria quando aos 32 minutos ampliou acertando belo chute de primeira após passe pelo alto de Suárez.
O meia, de 28 anos, que tem dez gols com a camisa da 'Celeste, dava razão a todos aqueles que no Uruguai, e também no Brasil, não entendiam como não era titular.
No segundo tempo, a classificação uruguaia parecia certa, até que a Coreia do Sul fez o segundo gol sobre Portugal no finalzinho do jogo.
Os sul-americanos então precisavam de mais um gol para irem às oitavas e lutaram até o fim dos oito minutos de acréscimos apontados pelo árbitro alemão Daniel Siebert, mas acabaram morrendo na praia.
"Jogamos como tínhamos que jogar, nos soltamos, fomos um time de mata-mata, o que sempre quisemos ser. Os jogadores em campo mostraram que tínhamos que estar na próxima fase", afirmou Alonso.