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Estado de Minas SANTIAGO

Crescimento desacelera no Chile com aumento de 5,4% do PIB no segundo trimestre


18/08/2022 17:46

O Produto Interno Bruto (PIB) do Chile cresceu 5,4% no segundo trimestre do ano em relação ao mesmo período do ano anterior, informou nesta quinta-feira (18) o Banco Central, um percentual menor do que o esperado, mas em linha com as estimativas de desaceleração da economia local para este ano.

O percentual é inferior ao crescimento de 7,4% do primeiro trimestre do ano, e confirma, segundo analistas, a desaceleração do crescimento da economia chilena após a expansão recorde de 2021.

No ano passado, a atividade econômica cresceu 11,7%, empurrada por ajudas estatais para fazer frente à pandemia de covid-19.

"As atividades apresentaram resultados diferentes; as maiores incidências (positivas) foram registradas nas atividades de serviços, em particular, pessoais, transporte e empresariais", explicou o BC em seu informe de Contas Nacionais.

Ao contrário, acrescentou, "entre as atividades que apresentaram quedas destacaram-se a mineração e o setor agropecuário-silvícola".

A expansão no segundo trimestre foi menor do que o esperado pelo mercado, que previa um aumento de 5,7% no período abril-junho.

Por sua vez, em comparação com o trimestre imediatamente anterior e em dados dessazonalizados, a atividade se manteve estável. No primeiro trimestre, o PIB medido trimestre a trimestre encolheu 0,6%, segundo dados revisados pelo BC.

É este dado que leva os economistas a estimarem que a economia chilena já entrou em fase de desaceleração e estaria perto do início de uma "recessão técnica".

- Risco de recessão -

"O PIB (dessazonalizado) do segundo trimestre de 2022 mostrou variação nula em relação ao primeiro trimestre, situando-se muito perto de uma recessão técnica, situação que ocorreria no segundo semestre", explicou à AFP Francisco Castañeda, economista da Universidade Mayor.

As taxas de comparação em relação ao excepcional ano de 2021 - quando foram injetados na economia chilena quase 90 bilhões de dólares após as ajudas estatais e saques antecipados de fundos de pensão - também atentam contra as projeções para este ano, que o governo estimou que terminará com uma expansão de 1,6% do PIB.

Outro fator que preocupa é a inflação. Em julho, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) aumentou 1,4%, deixando a inflação em 12 meses em 13,1%, a maior em 28 anos.

- Menores remessas de cobre -

No segundo trimestre, a demanda interna aumentou 8,7% com base no mesmo trimestre do ano passado, impulsionada principalmente pelo consumo das famílias. No entanto, este aumento foi compensado em parte por uma queda das exportações, que diminuíram 0,3%, enquanto as importações aumentaram 10,9%.

As exportações chilenas foram impactadas principalmente "pelas menores remessas de cobre", metal do qual o Chile é o principal produtor mundial, com quase um terço da oferta global. Sobre o PIB, o aporte da mineração de cobre é estimado entre 10% e 15%.

No período, "a mineração diminuiu 4,5%, resultado que incidiu principalmente na extração de cobre e compensado em parte pela mineração não metália (...) Assim como no trimestre anterior, a menor atividade cuprífera foi reflexo de uma menor disponibilidade de água, uma menor lei mineral e falhas operacionais em seus principais trabalhos", explicou o BC.

Nas importações, enquanto isso, destacaram-se compras maiores de químicos, combustíveis e vestuário.


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