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Estado de Minas LONDRES

Mudança climática afeta zangões, de acordo com estudo britânico


18/08/2022 10:37

A mudança climática afeta e prejudica os zangões, indicaram nesta quinta-feira (18) pesquisadores britânicos que estudaram a evolução física desses insetos polinizadores durante mais de um século.

Ao estudar os zangões conservados em museus e instituições do Reino Unido, pesquisadores do Imperial College de Londres constataram que os insetos desenvolviam assimetrias nas asas quando a meteorologia os afeta.

O estudo, que examina zangões de quatro espécies conservadas desde 1900, mostra que a assimetria de suas asas - sinônimo de estresse durante seu desenvolvimento - se acentuou ao longo do século XX.

Os pesquisadores também destacaram que os zangões desenvolviam assimetrias mais pronunciadas nos anos em que as condições climáticas foram particularmente quentes e úmidas.

"Nosso objetivo é compreender melhor as respostas (dos zangões) a fatores ambientais específicos, para aprender com o passado e, assim, prever o futuro", explicou Andres Arce, um dos autores do estudo.

"Prevemos que as condições mais quentes e mais úmidas deixam os zangões sob pressão e o fato de que essas condições sejam cada vez mais frequentes com a mudança climática significa que os zangões podem viver tempos difíceis no século XXI", alertou Richard Gill, outro autor do estudo do Imperial College.

Em um segundo estudo também publicado nesta quinta-feira, pesquisadores do Museu de História Natural de Londres conseguiram sequenciar os genomas (a informação genética) de mais de uma centena de zangões, às vezes preservados por mais de 130 anos, usando pela primeira vez com insetos métodos geralmente usados com mamutes e homens pré-históricos.

Eles agora poderão estudar como esses genomas evoluíram ao longo do tempo e ver se as espécies se adaptaram - ou não - às mudanças ambientais.

Os insetos são os principais polinizadores do mundo: 75% das 115 principais culturas dependem da polinização animal, incluindo cacau, café, amêndoas e cerejas, segundo a ONU.

Em um relatório histórico publicado em 2019, os cientistas concluíram que quase metade de todas as espécies de insetos do mundo estão em declínio e que um terço pode ser extinto até o final do século.


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