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Estado de Minas LISBOA

Incêndio é controlado em Portugal, chuva dá uma trégua na Espanha


18/08/2022 09:06

Portugal apresentou uma trégua nesta quinta-feira (18) pela manhã após declarar "controlado" o incêndio que atingiu o parque natural da Serra da Estrela, no centro do país, enquanto a chuva enfraqueceu os dois grandes incêndios da região espanhola de Valência (leste).

"O fogo está controlado, mas não está extinto. Há muito trabalho de consolidação que vai continuar nos próximos dias", disse o comandante da Proteção Civil português Miguel Oliveira à rádio TSF na noite de quarta-feira.

"Ainda é possível e muito provável que haja novas reativações, mas esperamos que não alcancem proporções preocupantes", disse.

Quase mil bombeiros estão mobilizados no local nesta quinta-feira de manhã, segundo informações da Autoridade Nacional de Proteção Civil.

O incêndio, que foi controlado pela primeira vez na semana passada, voltou a aumentar na segunda-feira, alimentado por fortes ventos.

O fogo, que começou em 6 de agosto no coração deste parque natural reconhecido pela Unesco, é o maior deste verão em Portugal, com cerca de 25.000 hectares de floresta queimados nesta serra, que tem aproximadamente 2.000 metros de altura, segundo estimativas provisórias.

Portugal, que este ano sofre uma seca excepcional, espera uma nova onda de calor a partir de sábado.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê um aumento gradual das temperaturas até setembro, que deve ser "mais quente e seco" que o normal.

Desde o início do ano, cerca de 92.000 hectares queimaram em Portugal, a maior superfície desde os incêndios mortais de 2017 nos quais cerca de cem pessoas morreram, segundo o último balanço do Instituto para a Conservação da Natureza e das Florestas.

A chegada da chuva, porém, freou consideravelmente os dois grandes incêndios que assolavam a região espanhola de Valência.

"Finalmente, uma boa notícia: a chuva e a queda das temperaturas ajudaram a delimitar o perímetro do incêndio de Vall d'Ebo. Os moradores retirados poderão retornar gradualmente às suas casas", escreveu no Twitter o presidente regional valenciano, Ximo, Puig.

Sobre o outro incêndio, Puig afirmou, nesta quinta-feira pela manhã à rádio Cadena Ser, que "esta noite o incêndio de Bejís teve um comportamento muito positivo", portanto espera que seja "o dia decisivo para acabar" com ele.

Os incêndios de Bejís e Vall d'Ebo queimaram quase 25.000 hectares e forçaram a retirada de cerca de 3.000 pessoas.

A mudança climática é um fator no aumento dos incêndios florestais em todo o mundo. As ondas de calor, que secam as florestas e as fragilizam diante da ameaça das chamas, são cinco vezes mais prováveis hoje do que há um século e meio.


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