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Estado de Minas VARSÓVIA

Ataques na Crimeia aumentam pressão sobre Rússia


17/08/2022 14:27

Dois ataques contra bases militares russas na Crimeia na última semana fortaleceram o moral ucraniano e colocam a Rússia sob pressão, oito anos depois da humilhante anexação da península por parte de Moscou.

O Ministério da Defesa da Rússia anunciou na terça-feira (16) que uma "ação de sabotagem" produziu uma série de explosões em um paiol de munições perto do vilarejo de Dzhankoi, e também provocou danos em uma ferrovia.

As autoridades ucranianas não reivindicaram a autoria desse ataque, mas o chefe do gabinete presidencial, Andriy Yermak, falou no Twitter sobre uma "ação de desmilitarização" das forças armadas ucranianas, usando a mesma terminologia que a Rússia utiliza para justificar a invasão.

Este incidente aconteceu uma semana depois de outro ataque contra uma base aérea russa na Crimeia, que foi descrito como um "trabalho especial bem-preparado" por um responsável ucraniano que não quis falar seu nome.

Para o analista Oliver Alexander, esses ataques, que ele acredita que podem ter sido realizados com mísseis balísticos, estão minando o moral russo e levantando o ânimo do lado ucraniano.

"A Crimeia era um lugar relativamente seguro nos últimos seis meses, mas já não é assim. Isso aumentou a pressão sobre os russos", explicou Alexander.

Também cresce a preocupação entre os turistas russos que visitam a região, conhecida por suas praias.

Por outro lado, o conselheiro da presidência ucraniana, Mikhailo Podoliak, pediu o "desmantelamento" da ponte de Kerch, inaugurada em 2018, e que une a Rússia com a península pelo leste. Isso aumenta o medo em Moscou de que ela se torne um alvo militar legítimo.

- 'Contraofensiva coerente' -

O centro de estudos The Institute for the Study of War de Washington, nos Estados Unidos, explicou que o alvo do ataque de terça-feira era um centro-chave para o abastecimento das tropas russas no sul da Ucrânia.

Os especialistas consideram que os ataques da última semana são parte de "uma contraofensiva ucraniana coerente", cortando as linhas de abastecimento ao longo do rio Dnieper.

A Ucrânia afirma que retomou o controle de dezenas de vilarejos na frente sul, e que destruiu pontos estratégicos como pontes.

Também houve explosões em cidades ocupadas pelas tropas russas, que se acredita que foram realizadas por sabotadores.

Nesta quarta-feira (17), Ivan Fedorov, prefeito de Melitopol, cidade ocupada pela Rússia próxima da península da Crimeia, afirmou que duas explosões interromperam o sinal da televisão russa.

O Ministério da Defesa do Reino Unido disse que essas ações aumentarão a preocupação dos comandantes russos na Crimeia, pois a península funciona "como uma base na retaguarda" para a ofensiva.

Nas primeiras horas da invasão, a Rússia usou a península para avançar sobre o sul da Ucrânia e tomar Kherson, a maior cidade ucraniana sob seu controle.

Isso também permitiu que a Rússia criasse um corredor terrestre entre o sul e o leste da Ucrânia, controlado por rebeldes pró-Rússia desde antes da guerra.

Na medida em que o conflito avança, muitos ucranianos não se contentam apenas em recuperar as posições anteriores à invasão, mas também querem a Crimeia.

"A maioria dos cidadãos do Estado terrorista [Rússia] começam a entender que a Crimeia não é lugar para eles", disse o presidente ucraniano Volodimir Zelensky em sua mensagem diária de terça-feira.

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