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Estado de Minas WASHINGTON

Secretaria-geral da OEA pede à comunidade internacional que 'pague a conta' no Haiti


08/08/2022 17:42

A secretaria-geral da OEA instou, nesta segunda-feira (8), a comunidade internacional a "pagar a conta" para tirar o Haiti do "pior dos mundos" com o "Estado e a sociedade civil fragilizados", após 20 anos de "fracassos".

A crise do Haiti "é resultado direto das ações das forças endógenas do país e da comunidade internacional", cuja presença por 20 anos no país foi "um dos fracassos mais fortes e manifestos já implementados" na cooperação internacional, assegura uma nota da secretaria da Organização dos Estados Americanos (OEA), chefiada por Luis Almagro.

"Não foi capaz de facilitar a construção de uma única instituição", insistiu.

Sob o guarda-chuva da comunidade internacional, "as gangues criminosas fermentaram e germinaram (...) o processo de desinstitucionalização e a crise política", denunciou.

A secretaria acrescentou que "diante de seu fracasso" a comunidade internacional se retirou do Haiti "deixando para trás caos, destruição, violência" e "hoje tentam fazer acreditar que uma solução haitiana completamente endógena pode prosperar".

"Estamos em uma dimensão mais radical, ou menos radical, de um Estado falido e uma sociedade civil fraca e vulnerável. O pior dos mundos, um Estado e sociedade civil fragilizados", analisou.

O gabinete de Luis Almagro estima que os haitianos devem resolver o problema, mas "a comunidade internacional tem um papel a desempenhar".

Para sair da crise, a organização propõe promover um processo de diálogo, eleições livres e segurança, além de fazer justiça em relação ao assassinato do presidente Jovenel Moise em julho de 2021.

"Isto não pode ser feito sem que a comunidade internacional pague esta conta" e "não há tantos" países "que tenham capacidade para isso", sustentou, sem citar nomes.

O assassinato de Moise agravou a crise política haitiana. O parlamento não funciona, o país precisa de um presidente e o Tribunal de Justiça não está operacional devido à falta de juízes.

Embora caiba "esperar que as forças internas haitianas se oponham" ao diálogo institucionalizado, a OEA pede para "desarmar as quadrilhas armadas", resolver os "problemas da Constituição atual", criar um Banco Central autônomo, um judiciário independente e um sistema educacional eficiente, além de favorecer o investimento.


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