Washington decidiu adiar um teste de míssil balístico intercontinental (ICBM) planejado para os próximos dias "para evitar uma nova escalada de tensões", disse o porta-voz do Departamento de Defesa americano, John Kirby, em entrevista coletiva.
"Em um momento em que a China realiza exercícios militares desestabilizadores em torno de Taiwan, os Estados Unidos estão se comportando como uma potência nuclear responsável, reduzindo o risco de erros de cálculo", acrescentou.
Kirby lembrou que o presidente Joe Biden conversou com seu colega chinês, Xi Jinping, na semana passada.
"As linhas de comunicação ainda estão abertas com Pequim e acho que isso será visto nos próximos dias", disse. "É muito importante".
A China "disparou 11 mísseis balísticos contra Taiwan e eles caíram no nordeste, leste e sudeste da ilha", informou Kirby.
"Condenamos esses atos, que são irresponsáveis", acrescentou. Pequim usou a visita da presidente da Câmara dos Representantes como "pretexto para aumentar sua atividade militar provocativa dentro e ao redor do Estreito de Taiwan".
"Não procuraremos provocar uma crise e não queremos uma", sublinhou. "Ao mesmo tempo, ninguém nos impedirá de operar nos mares e céus do Pacífico Ocidental, de acordo com a lei internacional", enfatizou o porta-voz do Departamento de Defesa.
É por isso que o secretário de Defesa, Lloyd Austin, decidiu manter o porta-aviões USS Ronald Reagan e seu grupo de apoio, que atualmente navega no Mar das Filipinas, na região "um pouco mais do que o esperado" para "monitorar a situação".
O teste do míssil balístico intercontinental (ICBM) Minuteman será mantido e ocorrerá em data a ser determinada.