Em uma entrevista recente, um dos três especialistas da comissão sobre supostas violações dos direitos humanos no conflito israelo-palestiniano, o indiano Miloon Kothari, se referiu a um "lobby judaico" que gasta "muito dinheiro tentando nos desacreditar". Também questionou a legitimidade da adesão de Israel à ONU.
"Essas declarações antissemitas são uma mancha para toda a ONU", escreveu Lapid em uma carta a Guterres.
O primeiro-ministro pediu "a expulsão imediata de três membros da comissão" e a sua "dissolução", pois considera que "alimenta" o antissemitismo.
Na sexta-feira, a embaixadora israelense no Conselho de Direitos Humanos da ONU, Meirav Eilon Shahar, escreveu ao presidente da instância, o argentino Federico Villegas, em protesto contra esses "comentários ultrajantes, alguns dos quais são claramente antissemitas".
Em um relatório publicado em 7 de junho, a comissão concluiu que a ocupação israelense dos territórios palestinos e a discriminação contra a população palestina são "as principais causas" das tensões e instabilidade recorrentes.
JERUSALÉM