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Estado de Minas BAGDÁ

Partidários do líder xiita Sard ocupam Parlamento do Iraque


30/07/2022 09:24

Apoiadores do líder xiita Moqtada Sadr ocuparam, neste sábado (30), o Parlamento iraquiano, depois de entrarem na zona verde ultraprotegida de Bagdá pela segunda vez em poucos dias, aprofundando a crise política que abala o Iraque desde as eleições de outubro.

Os manifestantes agitavam bandeiras iraquianas e retratos de Sadr dentro do prédio, enquanto milhares de pessoas protestavam do lado de fora, segundo um jornalista da AFP.

No hemiciclo, caminhavam fazendo o sinal da vitória e tirando selfies.

"Os manifestantes anunciam um protesto (que durará) até novo aviso", disse a Corrente sadrista em um breve comunicado compartilhado com jornalistas por meio do grupo de WhatsApp de sua equipe de comunicação.

A agência de notícias estatal INA retransmitiu o anúncio.

Os apoiadores de Sadr se reuniram neste sábado no centro de Bagdá para denunciar a candidatura ao cargo de primeiro-ministro de Mohamed Chia al-Sudani, considerado próximo do ex-chefe de governo Nuri al-Maliki.

Antecipando o protesto, as forças de segurança fecharam vários acessos importantes da capital que levam à zona verde, onde estão localizadas instituições governamentais e embaixadas.

Os agentes usaram gás lacrimogêneo e canhões d'água, mas que não impediram os manifestantes de acessar as instalações do Parlamento.

- "O povo com Moqtada" -

Pelo menos 26 manifestantes ficaram feridos, por gás ou depois de cair das altas barreiras de concreto erguidas para impedir seu avanço, e 17 policiais foram atingidos por pedras, segundo a polícia.

"Todo o povo está com você, Sayed Moqtada", gritavam os manifestantes, usando o título de descendente do profeta do Islã.

"Não queremos corruptos e não queremos tentar o que já vimos" no poder, comentou à AFP o manifestante Haydar al-Lami.

"De 2003 até agora são os mesmos, não nos trouxeram nada, só prejuízos", continuou.

Na quarta-feira, milhares de manifestantes invadiram o distrito e ocuparam brevemente o Parlamento para rejeitar a candidatura de Sudani, um ex-ministro de 52 anos e governador provincial.

Ele é o candidato do Quadro de Coordenação, uma aliança de facções xiitas pró-iranianas que inclui o partido do ex-primeiro-ministro Nuri al-Maliki e representantes do Hashd al-Shaabi, ex-paramilitares integrados às forças regulares.

O Quadro de Coordenação inclui alguns dos adversários de Moqtada Sadr, incluindo Nuri al-Maliki.

"Continuar com a escalada política aumenta as tensões nas ruas", lamentou o atual primeiro-ministro, Mustafa al-Kazimi, em comunicado.

Em junho, 73 deputados aliados do líder xiita, o maior bloco do Parlamento iraquiano entre os 329 parlamentares, apresentaram suas renúncias para pressionar a formação de um governo, paralisada desde as eleições legislativas de 2021.

"Gostaríamos que eles esperassem até que um governo fosse formado para avaliar seus resultados, dar uma chance", comentou Hakim em entrevista recente à BBC.

"O movimento sadrista tem um problema com a ideia de que o Quadro de Coordenação forme um Executivo", continuou Hakim.

"Se não for Sudani e um segundo ou terceiro candidato for indicado, eles se oporiam da mesma maneira", disse o político.

Na madrugada deste sábado, os partidários de Sadr saquearam os escritórios do partido Daawa de Maliki em Bagdá, bem como as instalações da corrente Hikma, a formação política de Ammar al-Hakim, que também faz parte do Quadro de Coordenação.


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