Jornal Estado de Minas

PARIS

Irã amputa dedos de homem condenado por roubo, diz ONG

Um homem condenado por roubo teve os dedos amputados por uma guilhotina no Irã, denunciou nesta sexta-feira (29) a Anistia Internacional, que classificou o ato como um "castigo indescritivelmente cruel".



Pouya Torabi, de 30 anos, foi levado com urgência a um hospital após lhe cortarem os dedos em 27 de julho, na presença de vários funcionários e um médico da penitenciária de Evin, em Teerã, disse a ONG com sede em Londres.

Em 31 de maio, autoridades iranianas amputaram também os dedos de outro condenado, Sayed Barat Hosseini, sem anestesia, segundo a Anistia.

"A amputação é uma tortura aplicada judicialmente e, por tanto, um crime sob o direito internacional. Todos os que participaram da ordem e da execução destes castigos corporais devem ser processados", afirmou Diana Eltahawy, diretora adjunta da Anistia para o Oriente Médio e o norte da África.

As penas por amputação no Irã implicam no corte de quatro dedos da mão direita, segundo o Código Penal iraniano.

O Centro Abdorrahman Boroumand afirma que as autoridades iranianas já amputaram os dedos de pelo menos 131 homens desde janeiro do ano 2000.