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Estado de Minas PARIS

Duas ONGs denunciam 'frenesi de execuções' no Irã


27/07/2022 06:29

Duas ONGs, incluindo a Anistia Internacional, denunciaram nesta quarta-feira (27) um "frenesi de execuções" no Irã, onde mais de 250 pessoas sofreram pena capital nos primeiros seis meses do ano "após julgamentos sistematicamente injustos".

"No primeiro semestre de 2022, as autoridades iranianas executaram pelo menos uma pessoa por dia, em média", disse Diana Eltahawy, vice-diretora da Anistia Internacional para o Norte da África e Oriente Médio, em comunicado.

"O aparato estatal está realizando assassinatos em grande escala em todo o país como parte de uma ofensiva odiosa contra o direito à vida", acrescentou.

Devido a este "frenesi de execuções", a um "ritmo assustador", o Irã poderá rapidamente ultrapassar o já muito elevado número de sentenças de morte impostas em 2021, ou seja, 314, segundo o comunicado.

"Embora os números reais sejam sem dúvida mais elevados", das 251 execuções registradas entre º1 de janeiro e 30 de junho de 2022, 146 condenados foram considerados culpados de homicídio, "no quadro de uma prática bem estabelecida de execuções sistemáticas" de acordo com este texto.

As ONGs detalham que no Irã a pena de morte é imposta após julgamentos "sistematicamente injustos" e que as confissões "obtidas sob tortura são rotineiramente usadas como prova".

Pelo menos 86 outros condenados foram executados por crimes relacionados à legislação sobre drogas que, "de acordo com o direito internacional, não deveria ser punível com pena de morte", apontam.

"Este aumento de execuções, especialmente em público, mostra mais uma vez que o Irã está fora de sintonia com o resto do mundo, enquanto 144 países rejeitam a pena de morte na lei ou na prática", disse Roya Boroumand, diretora executiva do Centro Abdorrahman Boroumand para os direitos humanos no Irã, a outra ONG iraniana que assina o texto.


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