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Estado de Minas KIEV

Seis pessoas morrem em ataque russo na Ucrânia antes de reunião da UE sobre sanções


18/07/2022 14:26

Seis pessoas morreram em um bombardeio russo em Toretsk, leste da Ucrânia, onde Moscou intensifica suas operações, anunciou o Serviço Estatal Ucraniano para Situações de Emergência nesta segunda-feira (18).

O ataque coincide com uma reunião em Bruxelas, onde os ministros das Relações Exteriores da União Europeia (UE) planejam aumentar a pressão contra a Rússia com novas sanções.

Um ataque de granada contra um prédio em Toretsk, cidade de cerca de 30.000 habitantes na região de Donetsk, matou seis pessoas, segundo autoridades locais. Donetsk é uma das duas províncias que compõem a bacia de mineração de Donbass, que Moscou busca controlar.

O bombardeio atingiu uma estrutura nos arredores da cidade, conhecida como "a casa de oração", que antes da guerra abrigava Testemunhas de Jeová, apontou uma moradora, cuja casa fica a cerca de 30 metros de distância.

"Estava com a janela aberta, houve uma grande explosão por volta das 5h da manhã, com pedras e poeira", disse Nadiejda à AFP.

Um militar confirmou o balanço, mas se recusou a especificar se as vítimas eram do exército. O acesso ao prédio foi proibido.

Duas pessoas morreram em 24 horas em bombardeios russos na região de Kharkiv, segundo o governador regional, Oleh Synyehubov.

Também foram registrados ataques em Mykolaiv e na região de Odessa, no sul da Ucrânia, e em Nikopol, no centro do país, às margens do rio Dnieper.

Por sua vez, o porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, Igor Konashenkov, informou que 250 "mercenários estrangeiros" foram mortos em um bombardeio russo na cidade de Kostyantynivka, em Donetsk, sem dar mais detalhes.

A guerra completará 6 meses em 24 de julho, sem que haja atualmente um balanço global das vítimas causadas por este conflito.

- Destituições por "traição" -

A Rússia anunciou no sábado o fim da "pausa operacional" decretada por seu exército e retomou a ofensiva.

Os bombardeios reiniciaram com mais intensidade no Donbass, uma região controlada parcialmente pelos separatistas desde 2014.

No início do mês, o presidente russo, Vladimir Putin, advertiu que seu exército estava apenas começando a intervir "a sério" na Ucrânia.

Em paralelo à retomada da ofensiva, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou a demissão da procuradora-geral Iryna Venediktova e do chefe da agência de segurança nacional Ivan Bakanov, acusados de traição.

Em uma mensagem à nação, Zelensky disse que cerca de 650 casos de possível traição, ajuda e cumplicidade com a Rússia entre autoridades de segurança ucranianas estão sendo investigados.

Venediktova era responsável pelas investigações sobre as atrocidades cometidas contra civis durante a ocupação russa da cidade de Bucha, nos arredores de Kiev.

Zelensky também falou em seu discurso sobre o poder militar devastador que a Rússia usou contra a Ucrânia, dizendo que as forças russas dispararam mais de 3.000 mísseis de cruzeiro contra alvos na Ucrânia.

- Ucrânia pede que UE não ceda -

No entanto, os ministros de Relações Exteriores da UE estão reunidos em Bruxelas e analisam várias propostas para reforçar as sanções contra a Rússia, entre elas uma que recomenda proibir a compra de ouro russo.

O chefe da diplomacia ucraniana, Dmytro Kuleba, pediu a seus homólogos do bloco que não caiam na "armadilha" de ceder ao presidente russo.

Na semana passada, o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, criticou esta política de sanções e afirmou que Bruxelas está causando mais danos à economia dos países europeus, que são altamente dependentes de Moscou em termos de energia.

Por sua vez, Putin pediu nesta segunda-feira para superar as "dificuldades colossais" causadas pelas sanções no setor de altas tecnologias.

"Conscientes das dificuldades colossais que enfrentamos, buscaremos novas soluções de forma inteligente e enérgica", disse, lembrando que seu país enfrenta um bloqueio "quase total".

O presidente apontou que a Rússia buscará a "soberania" tecnológica e produtos de empresas locais inovadoras.

Pouco depois, o país anunciou uma multa de 360 milhões de dólares ao gigante da internet Google, por seu conteúdo sobre a ofensiva na Ucrânia.

- 'Esperança' sobre exportações de grãos -

A reunião dos ministros também planeja abordar a preocupação mundial com o bloqueio de toneladas de grãos na Ucrânia, em um momento de aumento da inflação global.

O chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, reiterou seu chamado à Rússia para que desbloqueie os portos ucranianos e permita as exportações de 20 milhões de toneladas de grãos.

A União Europeia tem "esperança" de que chegar a um acordo esta semana, disse, em referência às negociações entre Rússia, Ucrânia, Turquia e a ONU.

É uma "questão de vida ou morte [...] a vida de [...] dezenas de milhares de pessoas depende desse acordo", acrescentou.

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