Waller também disse acreditar que os Estados Unidos podem evitar uma recessão, graças à solidez de seu mercado de trabalho.
Em março, o Fed (o Banco Central americano) começou a elevar agressivamente as taxas de juros para esfriar a demanda, em meio ao impacto da guerra na Ucrânia e aos confinamentos por covid-19 na China.
Até agora, porém, os dados não mostraram sinais significativos de melhora, e os informes de inflação desta semana mostraram que os preços ao consumidor em junho se recuperaram 9,1%, em termos interanuais.
Waller já se declarou a favor de outro aumento de 75 pontos básicos na reunião de política do final deste mês, mas afirmou, hoje, que estará atento aos números sobre as vendas no varejo e sobre o mercado imobiliário até esta data.
"Se os dados forem muito mais fortes do que o esperado, me inclino para uma maior alta (da taxa) na reunião de julho, na medida em que a demanda não esteja se desacelerando rápido o suficiente para derrubar a inflação", disse Waller em discurso durante uma conferência econômica.
Os movimentos do Fed até agora marcaram "o ritmo mais rápido de aperto (monetário) em quase 30 anos", completou.
Mas o grande aumento das taxas no mês passado "não foi uma reação exagerada", comentou.
"Com a inflação tão alta, faz sentido ir de frente para o endurecimento", justificou, acrescentando que "chegar antes reforçará a confiança do público em que podemos conter a inflação".
Waller minimizou os temores de recessão, graças, segundo ele, à força do mercado de trabalho.
"Acho que pode ser evitada", afirmou.
WASHINGTON