Jornal Estado de Minas

WASHINGTON

Pelo menos 6 mortos e 24 feridos em ataque a tiros em desfile do Dia da Independência perto de Chicago

Um atirador abriu fogo e deixou pelo menos seis mortos e 24 feridos durante um desfile para celebrar o Dia da Independência dos Estados Unidos em Highland Park, no norte de Chicago, informaram as autoridades nesta sexta-feira (4).



"Neste momento, duas dezenas de pessoas foram levadas ao hospital de Highland Park. Foram confirmadas as mortes de seis pessoas", declarou à imprensa o comandante Chis O'Neil, da polícia da cidade.

O suspeito, descrito pela polícia como um homem branco de entre 18 e 20 anos, escapou e é considerado "armado e perigoso".

"Ainda pedimos a todas as pessoas que se abriguem onde estão agora", acrescentou.

Nancy Rotering, prefeita de Highland Park, condenou a violência.

"Em um dia em que nos reunimos para celebrar a comunidade e a liberdade, estamos de luto pela trágica perda de vidas e lutando contra o terror", declarou.

Tanto O'Neill como Rotering informaram que o ataque a tiros começou às 10h14 do horário local (12h14 no horário de Brasília).

Várias agências policiais, incluindo o FBI, a polícia estatal e a polícia local, colaboram na resposta ao ataque.

As comemorações de 4 de Julho foram suspensas tanto em Highland Park como no município vizinho de Evanston.



"Embora não haja ameaça conhecida aos moradores de Evanston, o atirador ainda está foragido, então os cancelamentos foram ordenados por precaução", disseram as autoridades de Evanston.

- Pânico -

Os tiros semearam pânico nas ruas de Highland Park, uma cidade localizada às margens do lago Michigan, onde centenas de pessoas se aglomeraram na manhã desta segunda-feira para comemorar o Dia da Independência americano.

Brad Schneider, representante de Illinois na Câmara Baixa do Congresso americano, estava no local quando foram ouvidos os disparos.

"Minha equipe de campanha e eu estávamos nos reunindo para o início do desfile quando os tiros começaram", tuitou Schneider.

Mais tarde, na mesma rede social, o congressista completou: "Fiquei sabendo da perda de vidas e de outros feridos. Minhas condolências às famílias e entes queridos; minhas orações pelos feridos e pela minha comunidade".

O ataque soma-se à onda de violência armada que assola os Estados Unidos, onde aproximadamente 40.000 pessoas morem anualmente vítimas de armas de fogo, incluindo suicídios, segundo o site Gun Violence Archive.



O debate sobre o controle de armas, um tema que divide os Estados Unidos, ganhou força após dois massacres em maio, nos quais 10 afro-americanos foram baleados no norte do estado de Nova York e 21 pessoas, 19 delas crianças, foram assassinadas em uma escola no Texas.

Após as tragédias, o Congresso conseguiu aprovar a primeira legislação significativa em décadas para tentar conter o problema das armas.

O presidente Joe Biden assinou a lei no final de junho, dizendo que, embora não fosse suficiente para resolver o problema das armas, ainda salvaria vidas.

Um dia antes, os defensores do controle mais rígido das armas de fogo sofreram uma derrota com a decisão da Suprema Corte de reafirmar o direito do porte de armas em público.