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Estado de Minas QUITO

Governo do Equador suspende negociações com líder dos protestos indígenas


28/06/2022 16:24

O presidente do Equador, Guillermo Lasso, suspendeu nesta terça-feira (28) as negociações que mantinha com o líder dos protestos indígenas contra os altos custos de vida, após um ataque a militares que deixou um soldado morto e outros 12 feridos.

"Não vamos nos sentar para conversar com Leonidas Iza novamente, que só defende seus interesses políticos e não os de suas bases (...) Não vamos negociar com quem mantém o Equador refém", declarou o presidente de direita.

De madrugada, um grupo de militares e policiais que protegiam um comboio com combustíveis foi atacado por manifestantes com "lanças e armas de fogo" na Amazônia, segundo autoridades.

"Vocês merecem mais que um oportunista como líder (...) É um ato criminoso brincar com a vida de inocentes. O país é testemunha de todos os esforços que fizemos para estabelecer um diálogo frutífero e sincero", acrescentou Lasso, um ex-banqueiro que assumiu o poder há um ano.

O elevado custo de vida alimentado pelo aumento dos preços dos combustíveis levou cerca de 14 mil manifestantes às ruas, a maioria em Quito. Eles exigem medidas que aliviem o golpe econômico na produção agrícola e na cesta básica.

O governo não participou da mesa de diálogo com os indígenas que acontece na Basílica do Voto Nacional, na capital Quito, desde segunda-feira.

"Foi um ataque brutal (...) Mas como podemos saber se realmente saiu ou não dos manifestantes?", questionou Iza pela manhã durante a fracassada reunião.

"Que o mundo saiba quem não tem vontade de resolver os problemas", declarou o também presidente da poderosa Confederação das Nacionalidades Indígenas (Conaie).

Marchas festivas, bloqueios de estradas, e confrontos violentos entre a força pública e os indígenas pressionam o impopular presidente Lasso, que tem apenas 17% de aprovação.

Encurralado também por um debate sobre seu impeachment que está em andamento no Congresso, o conservador cede aos poucos às reivindicações dos manifestantes.

Sem levar em conta o recente relato do Exército, os protestos já deixaram cinco manifestantes mortos, mais de 500 feridos entre agentes e civis e cerca de 150 detidos, segundo várias fontes.

Os indígenas denunciam a repressão policial em meio às manifestações.


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