A tragédia "é inaceitável" e "deve ser investigada", acrescentou Dujarric, destacando que os excessos aconteceram "dos dois lados da fronteira".
"Ficamos muito comovidos com as imagens de violência vistas na fronteira entre Marrocos e Espanha, no norte da África, neste fim de semana e que culminou na morte de dezenas de seres humanos, solicitantes de asilo, migrantes", disse.
"As pessoas que se deslocam têm direitos e estes devem ser respeitados. Com muita frequência vemos que lhes faltam com respeito. Vimos isso dos dois lados da fronteira", acrescentou Dujarric.
Horas antes, uma porta-voz do Escritório do Alto Comissariado para os Direitos Humanos, Ravina Shamdasani, pediu em Genebra a abertura de uma investigação independente após a tentativa violenta em massa de entrar no enclave espanhol de Melilla, em território marroquino.
Ao menos 23 migrantes morreram e 140 policiais ficaram feridos, segundo as autoridades locais marroquinas, depois que cerca de 2.000 pessoas tentaram romper a enorme cerca que dividia a fronteira.
O Ministério Público espanhol anunciou uma investigação nesta terça-feira.
A pedido do Quênia, o Conselho de Segurança da ONU está programado para realizar uma reunião a portas fechadas sobre o ocorrido na quarta-feira.
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