Pequim foi anfitriã do encontro virtual deste grupo de economias emergentes que juntas representam mais de 40% da população mundial e um quarto do PIB global. Três de seus membros -- China, Índia e África do Sul -- se abstiveram de votar uma resolução na ONU para condenar a invasão russa.
Os cinco países afirmaram, em declaração emitida na quinta-feira à noite, seu "apoio às negociações entre Rússia e Ucrânia", sem mencionar algum caminho para acabar com a guerra.
O grupo disse que "discutiu suas preocupações sobre a situação humanitária na Ucrânia e no entorno" e expressaram seu apoio às agências internacionais para que "forneçam ajuda humanitária".
Os Estados Unidos e a União Europeia agrediram a Rússia com uma onda de sanções sem precedentes desde que lançou a invasão contra a Ucrânia em 24 de fevereiro.
No entanto, China e Índia tentaram permanecer à margem devido aos estreitos vínculos militares e comerciais com Moscou.
A África do Sul, que é um dos poucos países africanos com influência fora do continente, também se negou a condenar a Rússia para preservar os vínculos comerciais entre os dois países.
Na quinta-feira, o presidente russo Vladimir Putin pediu aos líderes dos BRICS uma maior cooperação para enfrentar as "ações egoístas" dos países ocidentais, referindo-se às sanções.
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