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Estado de Minas GENEBRA

ONU conclui que jornalista Shireen Abu Akleh foi morta por tiro das forças israelenses


24/06/2022 09:59

A ONU afirmou nesta sexta-feira que, segundo as informações compiladas, a jornalista Shireen Abu Akleh, do canal Al Jazeera, foi morta por um tiro das forças israelenses em 11 de maio.

"Todas as informações que conseguimos - incluindo as do exército israelense e do procurador-geral palestino - corroboram que os tiros que mataram Abu Akleh e feriram seu colega Ali Sammoudi vieram das forças de segurança israelenses e não de tiroteios indiscriminados de palestinos armados", afirmou a porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Ravina Shamdasani.

"Não encontramos nenhuma informação que sugira que houve qualquer atividade de palestinos armados perto dos jornalistas", destacou Shamdasani, que considerou "profundamente inquietante que as autoridades israelenses não tenham aberto nenhuma investigação judicial".

A jornalista com cidadania palestina e americana usava um colete à prova de balas com a palavra "imprensa" e um capacete, mas o tiro a atingiu pouco abaixo desta peça de proteção.

Ela estava nas imediações do campo de refugiados de Jenin, reduto das facções armadas palestinas, onde as forças israelenses estavam em uma operação.

"A alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, continua pedindo às autoridades israelenses que iniciem uma investigação criminal sobre a morte de Abu Akleh e sobre todas as outras mortes ou ferimentos graves cometidos pelas forças israelenses na Cisjordânia e no âmbito das operações de manutenção da ordem em Gaza".

"As normas internacionais de direitos humanos exigem uma investigação rápida, exaustiva, transparente, independente e imparcial de qualquer uso da força que provoque morte ou lesões graves. Os autores devem prestar contas", destacou Shamdasani.

"De acordo com a metodologia mundial de vigilância dos direitos humanos, nosso gabinete inspecionou material fotográfico, vídeo e áudio. Também visitou local, consultou especialistas, examinou as comunicações oficiais e entrevistou testemunhas", destacou a porta-voz.

"Nossas conclusões indicam que nenhuma advertência foi feita e que não aconteceram tiroteios indiscriminados naquele momento e local", afirmou Shamdasani, antes de recordar que os jornalistas usavam equipamentos de proteção claramente marcados.


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