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Estado de Minas JOANESBURGO

Presidente sul-africano é salpicado por informe de corrupção do antecessor


23/06/2022 06:00

O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, foi salpicado pela publicação nesta quarta-feira (22) dos resultados de uma investigação que sugerem que ele poderia ter feito mais diante das acusações de corrupção estatal contra seu antecessor, Jacob Zuma.

O informe descreve como "captura do Estado" o saque e a má gestão das empresas públicas nos nove anos de mandato de Zuma, cujo vice era Ramaphosa.

O atual presidente assegurou que a corrupção foi um "ataque à nossa democracia".

No entanto, após mais de 400 dias de investigações nas quais entrevistaram 300 testemunhas, o comitê investigador liderado pelo Chefe de Justiça Raymond Zondo não deixou o presidente em uma situação confortável.

Em seu depoimento, as respostas de Ramaphosa sobre as atividades de corrupção foram "nebulosas" e "infelizmente deixaram importantes vazios", diz informe.

E à pergunta sobre se poderia ter agido para frear estas práticas, "a grande quantidade de provas apresentadas perante esta comissão sugere que a resposta é sim".

"Havia informação confiável suficiente de domínio público (...) para pelo menos levá-lo a perguntar e pode ser que agir sobre diferentes acusações graves". "Como vice-presidente, tinha a responsabilidade de fazê-lo", indica.

O presidente não respondeu diretamente a estes comentários, mas disse que o documento aporta para "uma oportunidade de fazer uma ruptura decisiva da época da captura de Estado".

A investigação começou com um relatório em 2016 do então defensor do povo e suas descobertas foram publicadas em dois volumes, o primeiro destes divulgado em janeiro.

Este relatório descreve Zuma como "um ator-chave" no espólio das empresas estatais durante seu mandato de nove anos, que terminou em 2018 quando foi obrigado a se demitir. No ano passado foi condenado a 15 meses de prisão por não depor perante a comissão.

A publicação deste informe ocorre em paralelo a outro escândalo que salpica Ramaphosa pelo roubo em um sítio dele há dois anos.

O ex-chefe de Inteligência Arthur Fraser o acusou de esconder milhões de dólares nesta casa e subornar os ladrões para evitar perguntas sobre a procedência do dinheiro.

Esta situação ameaça as opções de um segundo mandato de Ramaphosa à frente de seu partido, CNA, com vistas às eleições gerais de 2024.


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