Jornal Estado de Minas

JOANESBURGO

Maior criador de rinocerontes do mundo vai liberar cem exemplares ao ano na África do Sul

A maior sociedade criadora de rinocerontes do mundo, com sede na África do Sul, lançou um projeto para liberar na natureza cem exemplares ao ano desta espécie ameaçada pela caça furtiva.



O projeto visa "devolver cerca de uma centena de rinocerontes brancos do sul ao seu habitat natural na África do Sul", disse à AFP nesta terça-feira (7) uma porta-voz da fazenda do sul-africano John Hume, dono de mais de 2.000 espécimes.

O rinoceronte branco do sul (uma das duas subespécies de rinoceronte branco) tem apenas 20 mil exemplares e está em risco de extinção, segundo a ONG World Wildlife Fund (WWF).

A África do Sul abriga 80% dos rinocerontes do planeta e eles estão ameaçados pela caça, devido à forte demanda por seus chifres na Ásia, onde são usados na medicina tradicional e por suas supostas virtudes afrodisíacas.

A caça furtiva atingiu níveis críticos entre 2014 e 2017, com cerca de mil paquidermes mortos a cada ano. Os números caíram pela metade no ano passado (451).

A União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) diz que existem 5.000 rinocerontes negros na natureza, tornando-os um dos animais mais ameaçados do mundo.