Jornal Estado de Minas

WASHINGTON

Casa Branca defende planos de Biden de viajar à Arábia Saudita

A Casa Branca defendeu nesta segunda-feira (6) os planos do presidente Joe Biden de viajar à Arábia Saudita para se reunir com o príncipe Mohamed bin Salman, apesar dos serviços de inteligência americanos terem concluído que ele ordenou o assassinato do jornalista dissidente Jamal Khashoggi.



"Essa viagem a Israel e Arábia Saudita - quando chegar - ocorreria no contexto de importantes objetivos para o povo americano na região do Oriente Médio", disse a jornalistas a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre.

"Se ele (Biden) decidir que é do interesse dos Estados Unidos estabelecer o contato com um líder estrangeiro e que esse contato pode obter resultados, então ele o fará", declarou.

A monarquia petroleira "foi um parceiro estratégico durante quase 80 anos. Não há dúvidas de que há importantes interesses (americanos) ligados" ao país, explicou.

A imprensa americana anunciou que Biden realizaria sua primeira visita como presidente a Israel e Arábia Saudita este mês durante uma viagem que incluirá Alemanha e Espanha, para cúpulas do G7 e da Otan.

No entanto, diante de críticas sobre a mudança de postura do presidente democrata, que prometeu tratar o reino como "pária" após o assassinato de Khashoggi, a Casa Branca se recusou a confirmar a informação.

Karine Jean-Pierre admitiu que uma viagem em junho "foi considerada, mas nunca confirmada".

A aproximação ocorre após duas aparentes concessões da Arábia Saudita aos objetivos de Biden: aumentar a produção de petróleo que poderia ajudar a aliviar a alta dos preços, e a ampliação de uma trégua no Iêmen.