Este imposto, que seria aplicado apenas uma vez, durante o ano fiscal de 2022, atingiria aquelas empresas com lucros tributáveis de mais de 1 bilhão de pesos por ano (cerca de 8 milhões de dólares) e que vejam um aumento de mais de 10% em seus lucros.
Embora não tenham sido mencionados, estima-se que os exportadores agrícolas, principalmente os de trigo, girassol e milho, sejam os principais atingidos pela proposta.
Trata-se "daquele ganho que ninguém esperava ter porque ninguém esperava uma guerra dessas características", justificou Fernández em uma cerimônia junto com seu ministro da Economia, Martín Guzmán.
"Poucos ganham muito com a guerra. Essa é a imoralidade, a indecência, que nós do Estado não podemos permitir", completou o presidente de centro-esquerda, pedindo uma melhor distribuição da riqueza neste país que sofre inflação projetada em mais de 60% ao ano até 2022 e que tem uma taxa de pobreza de 37,3%.
Sem maioria no Congresso, o presidente não indicou quando o projeto será apresentado ao Legislativo, que convocou para aprovar a iniciativa.
A Argentina é um dos maiores exportadores de alimentos do mundo, tanto em cereais e oleaginosas quanto em carne bovina.
BUENOS AIRES