(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas ESTRASBURGO

Executivo da UE é ameaçado com moção de censura por pacote de ajuda à Polônia


06/06/2022 19:18

Três líderes do grupo político liberal Renew no Parlamento Europeu pediram nesta segunda-feira (6) a votação de uma moção de censura contra a equipe da presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, por aprovar a ajuda econômica para a Polônia apesar de seus ataques ao estado de direito.

Por enquanto, a proposta não recebeu o apoio dos principais grupos parlamentares.

Para que a moção seja votada no plenário do Parlamento, o texto contra o executivo da União Europeia (UE) precisar das assinaturas de, pelo menos, 10% dos eurodeputados (70 dos 705 parlamentares). E, para ser aprovado, precisa do respaldo de dois terços dos votos.

Se Ursula von der Leyen "continuar a recusar firmemente a aplicação das regras de condicionalidade do estado de direito", que regulam a entrega de fundos europeus ao estrito respeito dos Estados-membros dos direitos fundamentais, "retiraremos o nosso apoio", disse um desses líderes, Guy Verhofstadt, que redigiu o texto com a ajuda da holandesa Sophie in't Veld e do espanhol Luis Garicano, vice-presidente do grupo Renew.

A Comissão Europeia aprovou na semana passada o plano de recuperação econômica da crise da covid-19 para a Polônia, no valor de 35,4 bilhões de euros, e que estava parado há mais de um ano devido à falta de progressos feitos por Varsóvia em relação ao respeito à independência judicial.

Para os três deputados do Renew, os anúncios feitos pelo governo polonês que possibilitaram o desbloqueio do pacote de ajuda (como a abolição da câmara disciplinar que iria controlar os juízes), são insuficientes.

"A Comissão está ciente de que as soluções anunciadas pelas autoridades polonesas são puramente estéticas", disse Verhofstadt em uma carta ao seu grupo político à qual a AFP teve acesso.

Após as primeiras reuniões realizadas na tarde desta segunda-feira em Estrasburgo, o grupo Renew, o terceiro maior grupo parlamentar, decidiu não apoiar a proposta dos seus três membros, alegando que "continua sendo uma iniciativa pessoal", disseram fontes parlamentares.

Entre os Verdes também não houve consenso sobre o tema e não se espera que este projeto obtenha assinaturas suficientes.

Entre os dois principais grupos parlamentares, o PPE (direita) e o grupo S&D; (esquerda) não apoiarão a moção.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)