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Estado de Minas HONG KONG

Autoridades de Hong Kong libertaram sob fiança o cardeal Joseph Zen


11/05/2022 14:53

O cardeal católico Joseph Zen, crítico do regime comunista chinês e figura na lista de personalidades pró-democracia, foi detido por algumas horas em Hong Kong, provocando reações do Vaticano e dos Estados Unidos, até que foi libertado sob fiança.

Um vídeo postado no Twitter mostrou o bispo emérito, de 90 anos, acenando para os repórteres ao deixar uma delegacia no bairro de Chai Wan.

Outras personalidades conhecidas por seu compromisso com a defesa da democracia, presas nas últimas horas, também foram libertadas sob fiança, segundo um meio de comunicação de Hong Kong.

Mais cedo, o Vaticano manifestou "preocupação" com a detenção de Zen, um dos administradores de um fundo, agora dissolvido, de ajuda aos manifestantes detidos durante os protestos massivas pró-democracia que sacudiram Hong Kong há três anos.

"A Santa Sé recebe com preocupação a notícia da prisão do cardeal Zen e está acompanhando o desenvolvimento da situação com extrema atenção", disse o diretor da assessoria de imprensa do Vaticano, Matteo Bruni.

Já a Casa Branca pediu a "libertação imediata" dos defensores da democracia detidos em Hong Kong, incluindo o cardeal católico romano.

"A liberdade de expressão é fundamental para sociedades prósperas e seguras", disse a subsecretaria de imprensa da Casa Blanca, Karine Jean-Pierre.

Os Estados Unidos pedem às autoridades chinesas "que deixem de atacar aos defensores de Hong Kong e libertem imediatamente os injustamente detidos e acusados, como o cardeal Joseph Zen", acrescentou.

O cardeal Zen, bispo emérito de Hong Kong, criticou recentemente a decisão do Vaticano de firmar um compromisso com a China sobre a designação de bispos no país comunista.

Defensor férreo da democracia, ele também já se pronunciou várias vezes a favor dos direitos da comunidade LGBTQ.

Em entrevista à AFP em 2020, Joseph Zen alertou para o risco da repressão sobre as correntes democráticas em Hong Kong minar a liberdade religiosa na ex-colônia britânica.

"Em todo o mundo vemos que quando retirada a liberdade da população, a liberdade religiosa também desaparece", afirmou na ocasião.

Fontes judiciais confirmaram ainda a detenção na terça-feira no aeroporto de Hong Kong do destacado acadêmico Hui Po-keung. O especialista em questões culturais viajava a um país europeu para um trabalho universitário.

A detenção de Hui por "conluio com forças estrangeiras" foi determinada por Pequim em resposta às manifestações pró-democráticas.

Um tribunal de Hong Kong determinou nesta quarta-feira que os promotores podem qualificar os organizadores da vigília anual pela matança na Praça Tiananmen como "agentes estrangeiros", sem precisar revelar para quem os acusados supostamente trabalham.

Durante três décadas, a agora dissolvida Aliança de Hong Kong celebra vigílias para recordar as vítimas da repressão de 1989 contra manifestantes pró-democracia na praça de Pequim.


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