Os embaixadores dos 27 países membros reuniram-se neste domingo sem chegar a um acordo sobre a sexta série de sanções contra Moscou, apresentada na quarta-feira pela Comissão Europeia.
"Os contatos em todos os níveis continuarão no início da semana com o objetivo de chegar a um acordo completo sobre este sexto pacote" de sanções o mais rápido possível, disse um diplomata europeu.
O Conselho Europeu "está unido pela necessidade de adotar" estas medidas. "Grande progresso foi feito para a maioria" delas, acrescentou.
A proposta da Comissão Europeia prevê um embargo ao petróleo russo até o final do ano, mas a medida causa desconfiança em alguns países.
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, cujo país é fortemente dependente da energia russa, alertou na sexta-feira que a proposta de Bruxelas mina a "unidade europeia". Para adotar as sanções, é necessária a unanimidade dos 27 membros.
"Não há bloqueio político, mas é preciso garantir fontes alternativas de abastecimento aos países do interior que dependem do petróleo russo por oleoduto. E não é uma coisa fácil", assegurou à AFP um diplomata europeu.
"Trata-se de novas infraestruturas e mudanças tecnológicas, que envolvem não só financiamento europeu, mas também acordos entre vários Estados-membros.
"Estamos fazendo progressos, mas leva tempo", acrescentou. O trabalho continua "para responder às preocupações de segurança do abastecimento de alguns países", reiterou outro diplomata.
BRUXELAS