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Estado de Minas WASHINGTON

Em campanha, Biden ataca republicanos extremistas ligados a Trump


04/05/2022 21:03

O presidente americano Joe Biden trocou o discurso unificador e a mão estendida à oposição por uma mensagem clara para as cruciais eleições legislativas de novembro: ou está comigo ou com os republicanos de Donald Trump, a organização "mais extremista" da história dos Estados Unidos.

O democrata conquistou a Casa Branca em 2020 com a promessa de virar a página da era Trump (2017-2021).

E apesar de o ex-presidente seguir alegando sem provas que haviam roubado sua reeleição, Biden e sua equipe o ignoraram, recusando-se até mesmo a falar seu nome. "O cara anterior", o chamavam.

Mas diante das eleições de meio de mandato e até mesmo de sua própria reeleição em 2024, Biden mudou de tom.

Por quê? Porque por mais que tenha decepcionado alguns americanos, que o questionam sobre a retirada caótica do Afeganistão, ou a inflação mais alta em quatro décadas, entre outras questões, Biden quer que todos lembrem que Trump está à espreita.

"Não me comparem com o Todo-Poderoso, comparem com a alternativa", pediu o presidente no mês passado em uma viagem ao estado de Washington.

"Vocês vão ouvi-lo com esse mantra muito mais vezes nos próximos meses", disse a jornalistas nesta quarta-feira a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki.

O próprio Biden dobrou a aposta e atacou o movimento "Make America Great Again" (Torne a América Grande Novamente), o MAGA, liderado por Trump. "Esta multidão do MAGA é realmente a organização política mais extrema que já existiu na história dos Estados Unidos", declarou nesta quarta.

- Guerra subterrânea -

Biden dirige uma economia robusta e restaurou a liderança mundial de Washington na resposta à invasão russa da Ucrânia. Porém, uma inflação crescente atinge todos os eleitores, enquanto questões como a imigração ilegal e vacinas contra a covid-19 inflamam a direita.

E se os democratas perderem a Câmara dos Representantes ou o Senado, ou ambos, em novembro, como mostram as pesquisas, Biden enfrentará dois anos de obstruções e investigações por parte de um Partido Republicano que permanece em grande medida leal a Trump.

No entanto, o explosivo vazamento nesta semana de um projeto da Suprema Corte sobre o fim aparentemente iminente do aborto legal em todo o país pode ter, ironicamente, feito um favor político a Biden.

Ele não apenas espera que os democratas se empolguem com a defesa dos direitos ao aborto, mas está confiante também de que pode vincular possíveis próximas restrições à imagem de uma extrema-direita enlouquecida.

"Quais são as próximas coisas que vão atacar?", questionou Biden nesta quarta, ao falar com repórteres sobre a possível supressão do direito ao aborto.

É difícil saber se a tentativa de Biden de definir as eleições de meio de mandato nesses termos funcionará. Para muitos americanos, o que ele chama de "extremismo" é exatamente o motivo pelo qual elegeram Trump em 2016.

Por ora, há uma guerra em andamento às vésperas dessas eleições, que pode até terminar com uma revanche entre Biden e Trump em 2024.

Nas primárias no estado de Ohio para ver quem representará os democratas e os republicanos em novembro, os dois políticos encontraram sinais de que suas lideranças vão bem de saúde.

Trump mostrou seu peso ao endossar o mais recente ganhador das primárias republicanas para o Senado, J.D. Vence. O político, cujas memórias viraram um filme indicado ao Oscar, "Era uma Vez um Sonho" (2020), chegou a chamar Trump de "Hitler dos Estados Unidos", mas acabou abraçando o ex-presidente e foi recompensado.

A marca moderada de Biden prevaleceu na vitória primária dos democratas, com Tim Ryan, uma figura que, assim como o presidente, enfatiza suas origens na classe trabalhadora e sua ideologia centrista, e agora concorrerá contra Vance em novembro.

Também Shontel Brown, outra que é relativamente moderada, venceu uma difícil primária para disputar um assento na Câmara Baixa depois que Biden demonstrou seu apoio a ela.

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