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Estado de Minas ESTRASBURGO

UE propõe embargo progressivo ao petróleo russo


04/05/2022 07:18

A União Europeia (UE) deseja aplicar um embargo progressivo sobre o petróleo e derivados comprados da Rússia, em resposta à guerra na Ucrânia, afirmou nesta quarta-feira (4) a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ao apresentar o sexto pacote de sanções contra Moscou.

A política alemã destacou que envia uma mensagem aos promotores da guerra: "Nós sabemos quem são e vamos responsabilizá-los".

"Vamos renunciar progressivamente ao fornecimento russo de petróleo em um período de seis meses e de produtos derivados do petróleo até o fim do ano", afirmou a dirigente no Parlamento Europeu de Estrasburgo.

Von der Leyen admitiu que a tarefa "não será fácil. Alguns Estados membros dependem em grande medida do petróleo russo. Mas temos que trabalhar na questão".

A intenção, acrescentou, é que a proibição inclua todo o petróleo russo "transportado por mar e por oleodutos, bruto e refinado".

Fontes diplomáticas em Bruxelas confirmarma à AFP que a proposta foi distribuída aos países membros pouco antes da meia-noite de terça-feira.

O pacote precisa ser aprovado por unanimidade pelos Estados membros para que possa ser implementado e, segundo uma fonte diplomática, a lista de pessoas e entidades objetos de sanções pode sofrer modificações.

Além disso, n pacote a UE propõe fechar o espaço europeu a "três grandes emissoras estatais russas".

"Não permitiremos mais que distribuam seu conteúdo na UE, em qualquer forma, por cabo, através de satélite, na internet ou por aplicativos de smartphones", disse.

As emissoras foram identificadas como "alto-falantes que amplificam as mentiras de (Vladimir) Putin e a propaganda de forma agressiva. Não devemos mais dar a elas um palco para divulgar estas mentiras".

No discurso, Von der Leyen anunciou que a UE pretende que o novo pacote de sanções inclua três bancos russos, incluindo o Sberbank, o maior do país.

Atingir os "bancos de importância sistêmica essencial para o sistema financeiro russo" reforçará o "isolamento total" da Rússia e enfraquecerá sua capacidade de financiar a guerra na Ucrânia, disse a alemã.

Como consequência das sanções da UE, sete instituições financeiras russas já foram excluídas do sistema SWIFT, um mecanismo interbancário de mensagens que permite ordens de transferência e de pagamento internacionais.

Von der Leyen delineou desta forma o sexto pacote de sanções contra a Rússia pela guerra na Ucrânia, que inclui uma grande lista de personalidades que seriam sancionadas, incluindo o chefe da Igreja Ortodoxa russa, o patriarca Kirill.

De acordo com os documentos aos quais a AFP teve acesso, Kirill é descrito como um "aliado de longa data do presidente Vladimir Putin e que se tornou um dos principais apoiadores da agressão militar" na Ucrânia.

O patriarca Kirill é o principal líder da Igreja Ortodoxa russa, que tem 150 milhões de fiéis no mundo.


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